quinta-feira, 12 de abril de 2012

Palestrando com Alex


Eu, da minha velha rede, peguei o telefone e liguei pro meu bom amigo Alex Figueiredo para palestrarmos sobre ideias e ideais. Conversa vai, conversa vem, pedi para ele contar a respeito da sua experiência com as águas do Ceará.

Ele não só me contou, como me enviou depois o seguinte escrito, para mim, um histórico depoimento.

Alex.

“Totonho,

No primeiro governo Tasso e ao longo do governo Ciro foi desenvolvido e negociado o Prourb.

Era um projeto ambicioso de urbanização que envolvia  a implementação de obras importantes como açudes (132) de água limpa (a montante das urbes), adutoras (como a da Ibiapaba, com estação de tratamento e de bombeamemto), canais e obras de saneamento em muitas cidades, principalmente, nas mais deficientes.

Para implementar o Prourb, foi preciso financiamento pelo Banco Mundial. Inicialmente, o projeto previa aporte de 252 milhões de dólares.

Como eu não fui mais candidato e havia participado da elaboração e aprovação do plano na Assembléia, fui convidado, em 1994, para negociar em Washington, junto com a Marfisa, e implementar a parte dos Recursos Hídricos. Inclusive a lei do Planerh, Plano Estadual de Recursos Hídricos, é da minha autoria. A primeira do Brasil e, acho, a primeiro do mundo.

Fomos nós, pois, que planejamos e iniciamos essas obras que ainda estão em andamento.

Tenho muito orgulho disso.

Aliás, é bom que se diga, o Fagner foi testemunha da implementação do primeiro Comitê de Bacias. O do Orós. O uso das águas só podia ser feito por decisão da própria comunidade (coisa inédita).

Foi um trabalho supervisionado por observadores internacionais e funcionou muito bem.

Criamos a Cogerh, empresa que gerencia os recursos hídricos. Instalada por mim.

Enfim, todas essas ações foram fruto de longos estudos e planos e de um esforço nunca feito antes no Brasil.

Posso colher mais subsídios com os amigos da Secretaria e da Cogerh.

Como secretário de recursos hídricos, negociei com o Ministro Aluízio Alves a primeira verba para a construção do Castanhão e o projeto da Transposição do São Francisco.

Antes de sair, deixei mais de 500 km de adutoras feitas com os tubos doados pelas forças armadas americanas, em parceria com os municípios.

Um abraço,
Alex”

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