Na década de 60, o preconceito comia de esmola, em Fortaleza. Acontecia cada uma... Por exemplo, voleibol era esporte de
mulher e homem que usasse camisa colorida ou estampada, tinha a sua
masculinidade posta em dúvida. Outra curiosidade, quem tocasse violão era tido
como sem-futuro.
Pois bem, naqueles anos um amigo meu
queria aprender a tocar violão e seu pai não gostava nem um pouco da ideia.
Daí, ele pedia um de presente e o velho não lhe dava a mínima. Mas, eis que um querido
tio resolveu presenteá-lo com um belo Giannini (ou seria um Di Giorgio?). O
pai, quando viu o instrumento reluzindo em meio à sala de visitas, descontente,
protestou: - "Mulher, agora
pronto! Só falta a garrafa de cachaça para o nosso filho se tornar de vez um vagabundo!"
(Foto: Google)
Esse pai certamente não conhecia Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, entre outros daquela mesma geração.
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