Folheando o livro “Reminiscências: A História de Um Professor em Cinco Vivências”, do Professor Josué de Castro, deparei-me em seu terceiro capítulo com a crônica, que abaixo transcrevo.
Orós sem Eliseu Batista
No dia 18 de janeiro deste novo século, a pequenina cidade de Orós na grandiosidade dos seus sentimentos amanheceu triste. Chorava em silêncio a partida do pai, amigo, conselheiro e companheiro, alavanca maior do seu inacreditável desenvolvimento.
Os sinos da Igreja e os apitos da sua Fábrica assinalaram o sofrimento daquela gente.
Como a vida poderia fluir sem o incenso do líder e do mestre?
Onde e quando os pobres irão encontrar no vamente o estímulo o apoio e a ajuda para suas combalidas existências?
Como um verdadeiro sacerdote, Eliseu pregava e praticava o bem, o amor e a fraternidade. Os pobres filhos de Deus eram também seus filhos.
O inesquecível Governador Virgílio Távora, seu grande amigo, nos confundiu deliberadamente afirmando: “Meus amigos, Orós é Eliseu Batista e Eliseu Batista é Orós. Um nasceu do outro ou para o outro”.
Eliseu partiu, o povo perplexo, mas amplificado com as luzes do seu forte e incomparável espírito. Ele está no seio da família, nos lares, nas praças, nos hospitais, nos templos religiosos e no meio do povo. Vamos encontrar Eliseu abraçado com seus filhos, olhando para frente e para o alto. Unidos nunca estaremos sós.
Da terra subiu ao céu, se encontra ao lado de Dona Isaura, sua esposa e santa mãe, de Wiron, o querido filho e Pretinha um grande reduto, um poema de amor.
Todos rogando por nós.
“Pai nosso que estais no céu
Venha a nós o Vosso Reino
E seja feita a Vossa vontade”.
Amém.
Eliseu e Dona Isaura, exemplar e dignificante Matriarca da família Costa Batista, admirada com imensurável afetividade, que Deus a mantenha sublimente em seu Reino nos abençoando, com os professores José Leme Lopes (RJ) e Josué de Castro.
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