Em 1932 as elites paulistas deflagraram a Revolução Constitucionalista contra o governo federal. Uma frente entre o Partido Republicano Paulista, derrotado pela Revolução de 30, e o Partido Democrático lançou a campanha pela imediata convocação de uma Assembleia Constituinte e o fim das intervenções nos Estados.
O movimento teve o apoio das classes médias. Manifestações e comícios multiplicaram-se na capital. Em um deles, dia 23 de maio de 1932, os manifestantes entraram em conflito com o chefe de polícia Miguel Costa e quatro estudantes são mortos: Euclides Bueno Miragaia, Mário Martins de Almeida, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo Camargo de Andrade. Com as iniciais de seus nomes foi composta a sigla MMDC (Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo), assumida como emblema do movimento rebelde.
Em 9 de julho de 1932, numa verdadeira guerra civil, estourou a rebelião armada. As forças paulistas comandadas pelo general Isidoro Dias Lopes ficaram isoladas: não receberam ajuda dos outros Estados - apenas o apoio do sul do Mato Grosso - e a Marinha bloqueou o porto de Santos, impedindo-as de comprar armas no exterior.
Os paulistas se renderam em 3 de outubro, depois de quase três meses de luta, deixando três mil brasileiros mortos em combate e mais de cinco mil feridos durante a revolução.
Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.
Fonte: Brasil Cultura.
(Fotos: Google)
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