Zé Gogó.
Valendo pelo Campeonato Nacional, lá em meados dos
anos 70, o jogo no Estádio Presidente era entre Fortaleza e Coritiba. No
Cimento da torcida tricolor, torcíamos por mais um bom resultado na excelente
campanha que fazia o clube cearense.
Bem, durante a partida, o que lhe era peculiar, Zé
Roberto, o centro-avante do clube paranaense, estava pintando e bordando na
arte da catimba. Lá, pelas tantas, ele abusou da indisciplina e, diante da
parcimônia do árbitro, deixou a torcida tricolor indignada. Revoltado, Zé Gogó,
não contou pipocas, atirou a sua artesanal chinela, feita de pneu de automóvel, em
direção ao descomedido jogador.
Não atingindo o malfadado alvo, o calçado sucumbiu
perto do banco de reservas do clube visitante. Sem se deixar levar pelo
ocorrido, o árbitro deu prosseguimento ao jogo com tranquilidade.
Descalço, com acentuada humildade, o torcedor Zé Gogó pediu aos reservas
do Coritiba: - "Amigos, dá pra
devolver minha chinela que jogaram pra dentro do campo, dá?"
Pedido atendido, veio uma mão de vaia e o Gogó tacou
o grito de “Bora, Leão”!
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