quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Quem bebe vive mais?


O negócio é o seguinte, várias pesquisas mostram que pessoas que bebem álcool vivem mais do que as abstêmias.

Mas, como e por que ingerir uma toxina que faz mal ao nosso organismo (especialmente para o fígado) e aumenta as chances de desenvolvermos um câncer nos faz viver mais?

Um estudo que analisou quase 2 mil pessoas, entre 55 e 65 anos de idade, mostrou que pessoas que não bebem tem maiores chances de morrer (isso inclui até pessoas que estão se recuperando do alcoolismo e precisam parar de beber). 69% dos participantes abstêmios morreram depois de 20 anos da primeira entrevista do estudo. Já entre os consumidores moderados de álcool a taxa caiu para 41%. E os que bebiam de forma pesada, acredite ou não, também viveram mais do que os abstêmios, com uma taxa de 61% de mortes após 20 anos.

Em outras palavras, estranhamente, beber muito faz com que você viva mais do que aquelas pessoas que não bebem nada.

No entanto, não podemos ser tão reducionistas a ponto de achar que isso é uma simples relação de causa e efeito. Pessoas que bebem fazem isso para aliviar o estresse, muitas vezes - sabemos que o estresse pode causar doenças e uma substância que possa interromper momentaneamente essa sensação incômoda pode trazer grande alívio para o organismo, que para de trabalhar sob pressão.

Na nossa cultura, na maioria das vezes, bebemos quando estamos sendo sociáveis, em ocasiões em que estamos em contato com outras pessoas. O álcool ajuda a apagar nossas ansiedades sociais e nos trazer para mais perto de outras pessoas. E o que isso tem a ver com longevidade? Foi provado que pessoas solitárias vivem menos.

Então, pode ser que não seja o álcool em si que aumente nossos anos de vida e sim as ocasiões e situações nas quais ele esteja envolvido. E, de qualquer forma, vale lembrar que as pessoas que bebem moderadamente tiveram a maior expectativa de vida.

Fonte: Gizmodo.
(Fotos: Totonho Laprovitera)

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