O começo...
Apesar de não se conseguir precisar com exatidão, o churrasco de rodízio
surgiu na região Sul do Brasil ao longo dos anos 1960. Principiou às margens
das rodovias, ao lado dos postos de combustível, para atrair os caminhoneiros.
Depois de três décadas, já se espalhava pelas principais cidades do país.
Só em São Paulo, por exemplo, existem entre 68 e 70 casas, que oferecem
churrasco à vontade, a preços que variam de 29 à 84 reais por pessoa.
O meio...
No início, a comida chegava às mesas em bandejas e era trocada antes de
esfriar. No entanto, uma versão popular sustenta que o "espeto
corrido" surgiu por uma necessidade de momento. Com a casa lotada, a
churrasqueira trabalhava no limite, os garçons não davam conta de atender aos
muitos clientes e, diante dessas dificuldades, os patrões interromperam os
envios de espetos às mesas e determinaram dividi-los entre elas. Assim, teria
começado o rodízio.
Em muitas churrascarias, por algum tempo, o sistema de serviço era à la
carte. Alguns espetos de carne eram fincados em cilindros altos de madeira ou
plástico, nas mesas, para o próprio cliente se servir. Inicialmente, as toalhas
eram de papel, os pratos baratos de vidro resistente e as guarnições em
bandejas de metal.
E o fim.
Nos anos 1970, melhorou a qualidade do estilo e, variado e farto, começou o buffet. Dez anos depois, apareceu a “bolachinha” vermelha e verde, com
a qual o cliente mostra se quer ser servido ou não. Da mesma forma, os cortes
se multiplicaram.
Nas melhores churrascarias, austeras regras de etiqueta a respeito da vestimenta
de gaúcho e inclusive a maneira de se conduzir o espeto ao salão, fizeram-se
valer. O passador deve empunhá-lo verticalmente, com o bico e o pratinho que a
protege na altura da cintura. Os relapsos deixam de ter direito à caixinha do
dia e a pena para os recidivos é o olho da rua.
(Fotos: Fernando Frota)
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