Há uns quarenta anos, mais ou
menos, Auremir foi presenteada com um rádio ABC, A Voz de Ouro, que o infante
Ivaldo Bolinha havia sido premiado no Programa Augusto Borges, na antiga TV
Ceará Canal 2. Ora, nada demais, pois a generosidade de Bolinha também já havia
sido cometida com um relógio Citzen, de corda, semi-novo, para a Auremir, cheia
de nove-horas, cheirando à namoro.
Bem postada de corpo, a faceira
Auremir era charmosa que só, arrancava assobios e coiós da rapaziada da rua.
Sem dúvida qualquer, era a doméstica mais desejada pela petizada e sonsos
avelhantados da Aldeota. E quando ela passava e não dava confiança, ouvia-se do
frustrado pretenso amante: “É mesmo uma mulher vadia... Não sabe nem se vestir sem ferir os princípios da
doutrina cristã!”. Pois, tá...
Já, a Maria Paraíba era feia que
dóia e ainda tinha os dentes negros. Júlia, Leni e a rechonchuda Bacorinha
davam pra quebrar o galho, mas não formavam o primeiro time das colegas. Mesmo
assim, bastavam aos fissurados - com quem as namoradinhas sovinavam carícias
mais adiantadas - que, comumente, aliviavam-se em corvadia, enforcando-se em
fantasias.
Mas, voltando ao Bolinha, diz o
Valtinho que ele era tão dado às empregadas, chega o Juventude chegava longe,
em segundo lugar! Isso, no tempo em que pino e sarro eram extremamente
valorizados.
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