Vendo a foto do alinhado José Carlos Mororó, comentei: Isso sim é que é um paletó! Não aquele do nosso amigo Antonio Martins de Carvalho Júnior, o Toinho, que parecia com o de dono de circo paraguaio! Senão, vejamos.
Mororó.
O bicho era de pano verde brilhoso, corte acinturado, caimento enviesado e com graúdos botões dourados. Nas mangas repuxadas, dois remendos de couro nos cotovelos, que ele dizia ser a ultima palavra da moda norte-americana!
Toinho.
Compondo o indumento, a gravata borboleta de veludo molhado continha um nó de mentira e um gancho para pendurar no colarinho da camisa amarela, de poliéster. A calça, pegando marreca, era quadriculada em verde e bege, com direito a frisos de cetim do cós a barra, em suas laterais. Pelo descomunal comprimento, o cinto tressê elástico dava um nó na ponta, lembrando uma embira. Finalmente, os sapatos de verniz brilhoso e reluzentes fivelas, acomodavam folgadamente os pés descalços de meias.
Bem, depois de tantas lembranças, telefonei para o Toinho e perguntei sobre o famigerado paletó. Ele me disse que, depois de tantos anos de uso, emprestou para o caseiro do sítio usar na portaria de uma festa junina, a quem, depois, presenteou para usar no casamento.
(Fotos: FB)
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