quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O café pendente


Em Tortora, na Itália, um viajante entrou em uma pequena cafeteria, pediu e sentou-se ao balcão. Logo, no corre-corre, um casal solicitou:

- Cinco cafés. Dois para nós e três pendentes.

Pagaram os cinco cafés, beberam seus dois e partiram.

- O que são esses cafés pendentes? Perguntou o viajante.
- Espere, que você vai ver. Respondeu o discreto balconista.

Logo, chegaram outras pessoas. Duas garotas pediram dois cafés - pagaram normalmente. Depois de um tempo, surgiram três agitados homens e pediram sete cafés:

- Três para nós, quatro pendentes!

Pagaram por sete, tomaram seus três e foram embora. Depois, um rapaz pediu dois cafés, bebeu só um, mas pagou pelos dois.

Confortavelmente abancado, o viajante olhou pela porta entreaberta a praça cintilada pela luz do sol, bem em frente à cafeteria. Aí, um homem de barbas longas, com roupas surradas pelo tempo, surgiu na porta e, bastante humilde, perguntou em voz baixa:

- Vocês tem algum café pendente?

Esse tipo de caridade, apareceu pela primeira vez em Nápoles. Previamente, as pessoas pagam para alguém que não pode permitir-se, ao menos, a uma xícara de café quente. Afora o café, também deixam comida.

Ultrapassando as fronteiras da Itália, esse costume tem se espalhado por muitas cidades do mundo. Agora, seria tão bom se pudéssemos seguir essa atitude, nera?

Inspirado em mensagem de Bety Poiares.
(Foto: Google)

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