Conversando com Ivan Martins acerca do Grupo Clã, pedi para que ele me dissesse um pouco sobre Dona Lúcia (1924-2004), sua mãe. De pronto, atendido fui.
“Lúcia Fernandes Martins iniciou-se muito jovem nas lides literárias, conquistando, com menos de 18 anos, a menção honrosa em disputado concurso promovido em 1945, para comemorar o centenário de nascimento de Eça de Queiroz.
A partir de então passou a colaborar em jornais e revistas do Ceará e de outros estados, mas, excessivamente modesta, usou de vários pseudônimos, publicando, com nome de Sandra Lacerda, os romances Destinos Cruzados, A Face Marcada e Nada de Novo Sob o Sol. O conto A Máquina de Retrato, que o crítico Wilson Martins classificou como ‘Uma obra-prima da história curta’, foi editado na revista Clã, no nº 20, de outubro de 1964 e posteriormente em Uma Antologia do Conto Cearense, da imprensa universitária do Ceará, em 1965.
O ponto culminante de sua trajetória literária veio a ocorrer em 1967 com a publicação do romance intitulado Nada de Novo Sob o Sol, agraciado com o prêmio José de Alencar, concedido pela universidade federal do Ceará. Segundo Francisco Carvalho, ‘a linguagem bem estruturada deste romance, aliada à outras qualidades demonstradas pela autora na construção de uma obra dessa amplitude e complexidade, escreve o nome de Lucia Martins na galeria dos melhores representantes do romance nordestino. Neste romance de vigorosa textura ficcional, Lucia Martins assume com segurança, o leme do barco e navega sem vacilações pelas águas turbulentas de uma ficção repleta de movimentos, como se pretendesse ‘voltar ao velho romance de ação, ao romance onde acontecem coisas’, segundo as palavras da escritora Rachel de Queiroz no prefácio do mencionado livro’.
Segundo F.S Nascimento, ‘Nada de Novo Sob o Sol é uma obra de imaginação calcada na experiência, na observação e, sobretudo na crônica da sociedade sertaneja. e situa-se ao lado de Luzia Homem, A Bagaceira e O Quinze, como um dos melhores tipos de nossa literatura de ficção’.
Lúcia Fernandes Martins foi a única mulher do Grupo Clã, que consolidou o Modernismo no Ceará. O grupo Clã, fundado nos anos 40, congregou diversos renomados escritores cearenses, entre os quais Moreira Campos, João Clímaco Bezerra, Antônio Girão Barroso, Aluísio Medeiros, Otacílio Colares, Artur Eduardo Benevides, Antônio Martins Filho, Braga Montenegro, Manuel Eduardo Pinheiro Campos, Fran Martins, Stênio Lopes, Milton Dias e Mozart Soriano Aderaldo.
Lúcia Martins publicou diversas obras, entre as quais: Janelas Entreabertas – Contos - Menção honrosa no prêmio pelo centenário de Eça de Queiroz. Em 1945. Nada de Novo Sob o Sol – Romance - Prêmio José de Alencar da universidade federal do Ceará. Destinos cruzados – Romance - Prêmio Jornal O Povo, na primeira edição, e Prêmio Prefeitura Municipal de Fortaleza na segunda edição. Estórias para Passar o Tempo – Contos. A Face Marcada – Novela. O Crime da Maraponga, para a televisão Verdes Mares. Histórias Infantis Radiofonizadas, Prêmio Rádio Roquete Pinto, no ano de 1952, no Rio de Janeiro."
“Lúcia Fernandes Martins iniciou-se muito jovem nas lides literárias, conquistando, com menos de 18 anos, a menção honrosa em disputado concurso promovido em 1945, para comemorar o centenário de nascimento de Eça de Queiroz.
A partir de então passou a colaborar em jornais e revistas do Ceará e de outros estados, mas, excessivamente modesta, usou de vários pseudônimos, publicando, com nome de Sandra Lacerda, os romances Destinos Cruzados, A Face Marcada e Nada de Novo Sob o Sol. O conto A Máquina de Retrato, que o crítico Wilson Martins classificou como ‘Uma obra-prima da história curta’, foi editado na revista Clã, no nº 20, de outubro de 1964 e posteriormente em Uma Antologia do Conto Cearense, da imprensa universitária do Ceará, em 1965.
O ponto culminante de sua trajetória literária veio a ocorrer em 1967 com a publicação do romance intitulado Nada de Novo Sob o Sol, agraciado com o prêmio José de Alencar, concedido pela universidade federal do Ceará. Segundo Francisco Carvalho, ‘a linguagem bem estruturada deste romance, aliada à outras qualidades demonstradas pela autora na construção de uma obra dessa amplitude e complexidade, escreve o nome de Lucia Martins na galeria dos melhores representantes do romance nordestino. Neste romance de vigorosa textura ficcional, Lucia Martins assume com segurança, o leme do barco e navega sem vacilações pelas águas turbulentas de uma ficção repleta de movimentos, como se pretendesse ‘voltar ao velho romance de ação, ao romance onde acontecem coisas’, segundo as palavras da escritora Rachel de Queiroz no prefácio do mencionado livro’.
Segundo F.S Nascimento, ‘Nada de Novo Sob o Sol é uma obra de imaginação calcada na experiência, na observação e, sobretudo na crônica da sociedade sertaneja. e situa-se ao lado de Luzia Homem, A Bagaceira e O Quinze, como um dos melhores tipos de nossa literatura de ficção’.
Lúcia Fernandes Martins foi a única mulher do Grupo Clã, que consolidou o Modernismo no Ceará. O grupo Clã, fundado nos anos 40, congregou diversos renomados escritores cearenses, entre os quais Moreira Campos, João Clímaco Bezerra, Antônio Girão Barroso, Aluísio Medeiros, Otacílio Colares, Artur Eduardo Benevides, Antônio Martins Filho, Braga Montenegro, Manuel Eduardo Pinheiro Campos, Fran Martins, Stênio Lopes, Milton Dias e Mozart Soriano Aderaldo.
Lúcia Martins publicou diversas obras, entre as quais: Janelas Entreabertas – Contos - Menção honrosa no prêmio pelo centenário de Eça de Queiroz. Em 1945. Nada de Novo Sob o Sol – Romance - Prêmio José de Alencar da universidade federal do Ceará. Destinos cruzados – Romance - Prêmio Jornal O Povo, na primeira edição, e Prêmio Prefeitura Municipal de Fortaleza na segunda edição. Estórias para Passar o Tempo – Contos. A Face Marcada – Novela. O Crime da Maraponga, para a televisão Verdes Mares. Histórias Infantis Radiofonizadas, Prêmio Rádio Roquete Pinto, no ano de 1952, no Rio de Janeiro."
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