Osmilton.
Era tardezinha, quando Léo encontrou o Osmilton.
- Osmilton, cara, eu tô saindo com uma menina que é só o pitéu!
- E esse piteuzim não tem irmã, não?
- Pois, não é que tem! E são gêmeas.
- E como se chamam as princesas?
- A minha é Jaquilane e a sua é Jaquileide.
- Vixe, já é minha, é?
- Pois é, agora tem uma coisa...
- O que é?
- Osmilton, as meninas são moças direitas... Virgens...
- E eu sou um rapaz respeitador...
- Eu sei...
E combinaram a noitada. Léo pegou as meninas em casa e foi se encontrar com Osmilton na churrascaria Parque Recreio. Lá, na base, pediram uma garrafa de Campari fitada e um filé trinchado para tira-gosto. Todos beberam, menos Jaquileide, que ficou no guaraná. O papo rolava muito animado, quando decidiram ir para uma festa numa casa de forró. Num carro, Léo e Jaquilane e, noutro, Osmilton e Jaquileide.
Osmilton pegou amizade fácil com Jaquileide. Até pareciam ser amigos de longas datas. A animação era grande e as gargalhadas faziam eco no velho fusca. Contudo, Osmilton mantinha-se bastante respeitador. A certa altura dos acontecimentos, Jaquileide falou:
- Olha Osmilton, vou lhe avisar uma coisa...
- Pois, não, Jaqui...
- Eu não tomei nada hoje...
- Eu sei. Deu pra perceber na churrascaria que você não tocou em álcool.
- Não, bobinho, eu não tô falando em bebida, não...
- Não?
- Bobinho, eu to falando em comprimido... Anticoncepcional, amor...
- Comequié?!
- Isso mesmo, mozim... Hoje, nós só podemos brincar...
- E eu achando que tu era virgem...
- Nem das oiças...
Osmilton pegou o celular e ligou:
- Léo, não vai mais dar certo da gente ir com vocês, não. É que vamos ter que parar numa farmácia pra comprar um KY e umas pastilhas, que a Jaquileide ta com dor de garganta lascada!
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