Se a bunda do folclórico Burra Preta já era graúda, ela se agigantava quando ele se empenava todo no espalhafatoso requebrar do seu sinuoso e feminino caminhar.
Abusado que só, o negro acinzentado Burra Preta fazia-se dono das ruas do Centro de Fortaleza, provocando algazarras por onde passasse. As vaias comiam de esmola e ele, nem aí, exagerava nos movimentos dos quadris arredondados de seu corpanzil, fazendo de conta que nem ligava para as gaiatices da cultura do Ceará Moleque.
E assim era Burra Preta. O povo mangava, e ele desfilava o seu sucesso, fazendo história na cidade.
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