Del’Alma
(Totonho Laprovitera)
Del’Alma, a morena
da boca bem frocada,
era dama toda noite
Beijava um de cada,
buscando algibeiras
nos bolsos pelas beiras,
ao fim da madrugada.
Del’Alma, argentina
das bandas do Serviluz,
era lá do Paraguai
Quando apagava a luz,
caqueava bem no breu
Na casa do Seu Abreu,
atacava os zulus
Del’Alma, amorosa,
temperava-se de sal
do suor dos largados
O que bem fazia mal
nada via, cegava
Calada, segredava,
partia sem dizer tchau
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