Assim que noivaram, os jovens Agapito e Fransquinha decidiram mudar de religião. Agapito, um rapaz trabalhador, determinado, cheio de planos e valores morais, religiosos e coisa e tal. Fransquinha, uma prendada e espilicute moreninha dos olhos pidões, fogosa toda.
Pois bem, após a celebração do sacramento do matrimônio, na lua de mel, obediente à liturgia de sua nova orientação religiosa, Agapito se achegou na beirada da cama, se aninhou com sua casta donzela e, em posição de bote, introduziu o seguinte falatório:
- Fransquinha, nós somos tementes à Deus, não somos?
- Sim, Agá, somos...
- Bem, agora que contrairmos o Santo Matrimônio, pela comunhão e união carnal dos casais, pela constituição da nossa família, pela fecundação de nossos filhos, pelo o amor e benção do Senhor, irmã... Manifestai o vosso consentimento...
- Consentimento do que, Agazim? Desembucha, macho...
- Bem, a irmã aceita a carne crescente do irmão?
Fransquinha olhou pro lado, respirou, pendurou um encabulado sorriso nos frocados lábios, franziu a testa, apertou os olhos e, abrindo as pernas, respondeu:
- Se é pela a vontade do Senhor, irmão, empurra!
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