Segundo o pensador russo Lev Vygotsky, pioneiro no conceito do desenvolvimento intelectual das crianças, “Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade”.
Pois bem, no tempo em que eu cursava o primário escolar, no Colégio Christus, uma das nossas brincadeiras favoritas na hora do recreio era a de tropa.
Ao contrário do que possa parecer, brincar de tropa não correspondia à ação de violência física, pois as brigas eram de pura encenação.
Cada grupo que se formava para a brincadeira elegia seu líder, geralmente o mais forte, que era bastante respeitado. Aí, todos nós corríamos como se cavalgássemos. Imaginávamos cenas e paisagens cinematográficas, dignas de um bom filme de ação. Tudo isso embalado pelos efeitos e trilha sonoras que cometíamos e compunham a dinâmica da diversão.
Vivíamos uma época em que brincar era uma condição fundamental para sermos apenas crianças com a visão do nosso simples mundo.
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