quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Injeção


Lembro, no tempo em que não havia aparelhos descartáveis, que o de injeção era tido em estojo na farmácia das casas de família. 

Aí, sempre tinha alguém que, mesmo não sendo enfermeiro ou médico, era quem aplicava injeção, logo, detestado pela meninada. Lá em casa, esse dito-cujo era um voluntário, amigo do papai, chamado Miltão.

Mas, quando o temido Miltão chegava lá em casa, nós nos ajuntávamos e uníssonos, repetidamente, o saudávamos com toda a nossa zanga: “ Miltão, parente do cão! Miltão, parente do cão! Miltão, parente do cão!”

(Foto: Google)

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