Lembro que quando fazia o jardim de infância e alfabetização, eu tinha uma merendeira de plástico, azul e branco, para levar o que comer e beber na hora do recreio do colégio.
Ela era tipo uma maleta. Feita em peças nervuradas de matéria plástica semirrígida, trazia tampa em aba flexível com abertura vazada em círculo, para passar a garrafa com tampa que servia de copo. Para abri-la ou fechá-la, bastava girar um botão. Para carregá-la ao ombro, ela possuía uma alça que sempre afolozava a sua casa de pegar o botão da merendeira.
Lembro que na minha merendeira, preparado pela minha mãe, eu levava sanduíche de pão sovado com carne de lata, e na garrafa, o transposto refrigerante que podia ser Coca-Cola ou Guaraná Champagne.
Porém, com o tempo, o precário material da garrafa fadigou e o refrigerante – já sem gás, com o gosto diferente – vazava e encharcava o pão, desmanchando o sanduíche. Como eu era menino danado e reivindicador, os adultos demoravam a escutar os meus reclamos e quase que eu passei foi a gostar de merendar “sanduiche ao refrigerante desgaseificado”.
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