Dunga Odakan. |
"O homem que comia papel mastigava letras, ofícios, duplicatas, arrotava palavras, quase nenhum som dele se ouvia.
O homem que comia papel obrava textos, pontos, vírgulas, cartas de dor de um findo amor, que o coletor de lixo recolhia.
O homem que comia papel só não engolia pão de poesia, por isso sua digestão era complicada, ele vivia com disenteria.
Morreu com excesso de palavras e anemia de poesia. Por não saber que o homem é o que come, e poesia é fibra necessária ao dia à dia."
Dunga Odakam
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