Agostino já vinha sendo chamado a atenção há algum tempo. Alegava o diretor social da Associação Cintanegrina, que o modo de dançar do rapaz nas tertúlias faltava com respeito aos associados. Bem, Agostino só dançava grudado e não adiantava a moça “botar macaco”, que ele dava um jeito de escapulir dessa defesa e tome pino e sarro! “Um escândalo”, diziam as senhoras. “Um verdadeiro atentado ao pudor e a moral dos bons costumes”, diziam os senhores.
Pois bem, a coisa piorou quando Agostino foi denunciado por não vestir cueca naquelas festas do clube. O assunto chegou à reunião de diretoria e o presidente da associação combinou de fazer com que o jovem passasse uma grande vergonha: na hora em que ele estivesse no adiantado de sua dança, de supetão, a música pararia, acenderiam as luzes do salão e os diretores o cercariam. E assim foi feito.
Ora, mas além de afoito, o rapaz era escovado que só! No momento exato do flagra, ele largou a moça, acocorou-se e em passes de compasso, bamboleando anunciou: - “Bora, negrada, chegou a hora da gente dançar twist!”
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