quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Rosinha


Lembro das noites de sexta e sábado, dos meados dos anos 70 aos 80, quando era costume dos fortalezenses frequentar as mesinhas da Avenida Beira Mar. Nelas, comumente, com seu inconfundível violão, aparecia o Assum Preto nas rodas musicais, interpretando a irreverente canção “Rosinha”. 

Não sei ao certo quem é o autor de “Rosinha” – seria Ary Toledo? – mas o Assum cantava assim: 

“Vou construir minha casinha / lá no alto do cerrado, / mas eu só levo a Rosinha / depois de tudo acabado...
É feita de pau-a-pique, / colada com Eucatex, / na parede tem quadrinhos / presos com fita Durex
Tem fio pra todo lado, / só falta eletricidade, / mas não demora ela chega, / vem junto com a cidade... 
Aí eu vendo essa merda, / encho o cu de dinheiro, / e a Rosinha que se foda, / quiser vá morar lá num puteiro!”

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