O TUDO E O NADA (OU PRA FAZER A CIÊNCIA DIZER NADA)
Há muito, eu faço uso da arte para contar a minha vida. Com ela, eu pego a memória do que já vivi e, em releitura, a revelo para a minha atualidade.
Às vezes, em revoada de livre-arbítrio, meus pássaros debandam do caderno da imaginação, onde surgem linhas em forma de trilhos de luz para correr a minha inspiração.
Então, acho-me abrindo caixas e mergulhando voo na imaginação. É como se a vida estivesse nessas caixas que abro a cada dia, sem saber o que dentro delas existe.
E quando as encontro vazias, penso no desenho do significado da vida, porque mais do que guardar elementos, elas me servem para conservar, pintar, sonhos.
Aí, envolto no pensamento de que nada é um conceito usado para descrever a ausência de qualquer coisa; e tudo é a totalidade ou universalidade das coisas que existem, eu cogito: Se na caixa nada tem, então, ela tudo tem! Afinal de contas, Deus tirou ou não o mundo do nada?!
Assim, ocorre o sopro da criação que me embala e me preenche de sentimentos, ideias e liberdade.
(Foto: Rogério Lima)
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