À caminho do trabalho, parando ao sinal do cruzamento das avenidas Historiador Raimundo Girão e Barão de Studart, fui abordado por um daqueles rapazes que lavam para-brisas de carros. Aí, antes que ele começasse o serviço, eu me antecipei e disse:
- Amigo, estou liso!
- E o senhor acha que me faz inveja? – respondeu.
- Não! Mas da próxima vez eu lhe recompensarei.
- Tudo bem, não esquenta...
Aí, outros três se aproximaram e um anunciou:
- Bora limpar os outros vidros! – e começaram o serviço.
- Pelo visto, são torcedores do Fortaleza! – falei.
- Como é que o senhor sabe?
- Pelo sangue bom dos amigos!
- O doutor consegue umas camisas do time pra nós?
- Vou ver se consigo.
- Bora Leão! – gritaram uníssonos.
- “Fortaleza, clube de glória e tradição...” – comecei a cantar o hino.
- “Fortaleza, quantas vezes campeão...” – emendaram.
Porém, quando dei fé, formou-se uma extensa fila de carros, que pegaram a buzinar, e eu parti, ao som de três seguidos brados da galera: - “Uh, terror, o doutor é tricolor! Uh, terror, o doutor é tricolor! Uh, terror, o doutor é tricolor!”
Olha, vou nem mentir, taí uma passagem que fez meu dia feliz!
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