Diz-se barriga branca o homem sem autoridade dentro de casa, aquele sem pulso e dominado e mandado pela esposa.
Pois bem, ontem eu ouvi “seu” Farnézio se queixar que era submisso, quer dizer, totalmente barriga branca! Que dona Noésia mandava e desmandava nele, ao ponto de controlar sua própria grana, dando-lhe apenas cinco reais para ele gastar por dia, enquanto ela não abria mão de suas repetidas excursões, em manjados pacotes de viagem.
Daí, em uma hora de zanga ele perdeu a cabeça e reclamou da cruel sovinagem e dos descomedidos gastos da patroa. Aí, ela o aberturou e disparou: - “Meu amor, tem mulher quem pode! Não tô nem aí pro que você acha ou pode achar... E quer saber duma coisa? Depois que inventaram cartão de crédito, celular e mala de rodinha, toda mulher tem mais é que viajar! Ganhar o mundo!”
Sentindo o sopapo, “seu” Farnézio engoliu a fala, murchou as orelhas e com o rabo entre as pernas, recolheu-se à sua insignificância.
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