domingo, 18 de agosto de 2019

BESOURO VERDE

O meu primeiro carro foi um simpático Volkswagen 1200, ano 1962. Apelidado de “Besouro Verde” pelo meu irmão Gera, o veículo era um verdadeiro herói pelas ruas e avenidas descalças ou de pedra tosca da então menina Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. 

Nele, em meados dos anos 70, eu ia ao colégio e passeava pela cidade com a maior tranquilidade do mundo. Naquela época, o único perigo que me ameaçava era o de levar uma carreira de algum Tetéu (viatura do DETRAN), em busca dos imberbes sem carteira de motorista. No entanto, creiam, eu nunca cheguei a puxar 100 Km/h nele. 

Ô fusca amigo! Bastava o cheiro de gasolina para andar e só dava prego se fosse de pneu. E, invocado que só, na escuridão, quando eu o acelerava seus faróis aumentavam a intensidade da luz. E tem mais, se ele andasse só, certamente, à noite, iria diretinho ao Patinação Clube ou à então Praia do Futuro “Familiar”. Pense em um carro farrista e presepeiro! 

Saudade do Besouro Verde...

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