Na adolescência, mal chegado da infância, experimentei fumar cigarros e, a partir daí, passei a cultivar o hábito desse nefasto vício. Naqueles anos 1970, recordo, o jovem que não fumasse ou bebesse era considerado careta e excluído das turmas ditas bacanas da cidade.
Posteriormente, quando ingressei na faculdade, parei de fumar, mas, logo depois que me formei e comecei a trabalhar, voltei. A partir daí, foi um vai e vem de parar e voltar a fumar sem fim, chega me causava uma angústia danada pelas crises de abstinência que brigava com a minha convicção dos efeitos maléficos do fumo. Ô peleja!
Sem dúvida alguma, eu era um fumante inveterado. Durante a semana, façam ideia, eu fumava duas carteiras por dia, quatro no sábado e quatro no domingo. Se bem que no final de semana eu era muito filado, mas, mesmo assim, era muita fumaça! Como eu me consumia...
Pela manhã, antes do café, eram dois cigarros. Aí, eu passava o dia todo tendo motivos e razões para acendê-los. Após um cafezinho, um lanche, refeições, tensões, decisões, realizações... Acordava no meio da noite pra fumar! Era preocupante e eu não conseguia parar de fumar.
Mas, em 2003, lembro, após a uma tentativa com acompanhamento médico, aconteceu o seguinte. Num belo dia, eu estava na casa de amigos, quando acendi um cigarro e comentei que era o último que eu fumaria. E pois não é que foi. De lá pra cá, sem sofrimento algum, nunca mais fumei.
Hoje, quando acordo e encho os pulmões de ar puro, eu penso e digo: Não me arrependo de nada do que fiz na vida. Mas, se tiver de escolher uma coisa, essa será a de ter fumado o tanto que fumei.
(Foto: Google)
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