Paulo
Ricardo.
Na Serra da Meruoca, a galinha à cabidela do João Raul não tem igual, não.
Que diga o Móca, freguês antigo e de carteirinha. O Maroca é outro que faz a
maior propaganda da bodega. Ora, até o João Tripa, de Massapê, foi não foi, vai
bater lá só pra se deliciar com as penosas. É, são tantas personagens, que não
dá nem pra gente decorar direito.
O prato é bem servido e acompanha a galinha um baião de dois - daqueles
que vem com um queijo de coalho se derretendo - uma farofa bem fininha - com
cebola roxa - e a famosa maionese. A cerveja é geladíssima, rega a iguaria e
anima o papo. Por lá, a tristeza não tem vez e novidade é o que não falta.
Ilustres e divertidas figuras frequentam o lugar e, dentre tantas, uma assim se
apresenta:
- Com licença, por favor. Meu nome é Paulo Ricardo, tenho um farol queimado, a caixa de marcha quebrada e um pneu furado. Posso pedir uma coisa? Me dá um sorriso, vai...
- Com licença, por favor. Meu nome é Paulo Ricardo, tenho um farol queimado, a caixa de marcha quebrada e um pneu furado. Posso pedir uma coisa? Me dá um sorriso, vai...
Aí, a pessoa se enternece e lhe dá um trocado. Ele agradece com uma
sonora gargalhada de um largo sorriso banguela, rogando:
- Deus lhe dê uma Hilux!!!
- Deus lhe dê uma Hilux!!!
Do livro Eu Conto, de Totonho Laprovitera
(Foto: Rubens "Nasal" Lima)
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