Venício.
Ninguém aguenta mais a onda de violência na cidade! E, hoje em dia, os bandidos são tão desalmados, chega nem respeitam mais os boêmios, notívagos da cultura da paz.
Pois bem, e não é que assaltaram o bar do Venício. Dois elementos aproveitaram um vacilo da turma e, devidamente armados, anunciaram a investida. Às duas e meia da madrugada, abordaram o argentário dono do estabelecimento, encostando revólveres nas cabeças de seus fieis fregueses.
No assalto do bar, além de levarem R$ 450 do apurado da noite, arrastaram dois litros de uísque – um Old Parr e um Red Label –, carteiras de dinheiro, aparelhos de telefone celular, chaves dos carros, cigarros, e, pasmem, o tira-gosto que havia acabado de ser servido!
Após os meliantes evadirem, Venício procurou tranquilizar as vítimas do seguinte jeito: - "Negada, graças à Deus ninguém saiu ferido fisicamente! Agora, além da queda, o coice, pois quem vai comer o maior prejuízo é o papaizinho aqui, que, pelo visto, não vai receber um centavo da conta do que vocês consumiram..."
Aí, um cliente que estava acompanhado de sua esposa, baixou as calças, tirou a roupa, deitou no chão, rolou e gasguitou: - "Gente, levaram a bolsa da minha mulher com 200 mil!"
Reparando aquela extravagante cena, com a vaia comendo de esmola, avexado, Vinício desceu as portas de enrolar e finalizou: - "Arre égua, desse jeito vocês me quebram..."
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