A arara era chamada simplesmente de “Ararinha” ou, às vezes, de “Beijoqueira”, pois parecia emitir beijos.
Alegria da família, Ararinha fazia por onde merecer tanto amor do seu dono Ricardo. Quantas vezes chegasse em casa, ainda no jardim, ela surgia e com o bico fazia “cafunés” na cabeça dele, como se piolho catasse.
Porém, num fatídico dia, o cachorro de uma cunhada de Ricardo – que havia ido cruzar com a sua cachorra – estranhou a Ararinha e latiu para a casa suspensa dela. Assustada, a coitada pulou mas foi abocanhada fatalmente pelo seu algoz.
Agonizando, Ararinha ainda sofreu por uma hora. Com inestancável sangramento, faleceu nos braços de Ricardo, em meio a muito choro de todos os seus.
Ainda hoje, pela tremenda perda, o saudoso Ricardo guarda as penas de Ararinha por toda a casa.
Ararinha viveu 28 anos, dos quais 25 na casa de Ricardo.
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