Em Brasília, fui levado por amigos a conhecer uma descolada casa noturna, de estilo nova-iorquino, voltada ao jazz, com banda fixa, bar de diversos drinques, petiscos sofisticados e atendimento de primeira.
Habitualmente frequentado por um público mais experiente, não é que o estiloso lugar ganhou como vizinha, parede com parede, uma funerária que expõe em sua enfeitada vitrine seus serviços de venda de urnas mortuárias, velórios e enterros!
Sobre a relação de vizinhança, sentado ao ilhado balcão, ouvi um velho e cabisbaixo bom boêmio suspirar e murmurar: - “Aqui, jazz... Lá, jaz...”
Aí, um enfatiotado, já truviscado, bocejou e sussurrou: - Aqui, jazz... Lá, chorinho...”
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