Jeovazim.
Não dava pra esperar. A história era boa demais para o Valtim não contar logo. E cedo, umas cinco e meia da tarde, foi ao Ozias para propagá-la. Antes de sentar-se, pôs o paletó na cadeira, folgou a gravata e arregaçou as mangas enquanto pedia uma cerveja bem gelada. Pediu o telefone e começou a convocar os amigos. O grupo chegou um pouco mais tarde e ele, para não perder tempo, começou a narrativa:
- Vocês não sabem da última. É boa demais. O Pardal não estava na praia de Areia Branca?
- Sei, no Rio Grande do Norte.
- Pois, quando ele tava voltando de lá, resolveu dar uma passada em Canoa Quebrada, onde se encontrou com o Marreco e a turma toda. Quem também tava lá era o doido do Jeová Filho, que disse que ia embora no outro dia. O Pardal, que tinha ficado de almoçar nesse mesmo dia com a Dona Dayse Stael, sua mãe, mudou de ideia e pediu pro Jeová avisar a ela que somente iria para Fortaleza na segunda bem cedo. Aí, o Jeová pediu: “Pardal, não leva a mal, não, mas anota aí num papel o nome e o telefone da senhora sua mãe, que é pra, se Deus quiser, eu não esquecer.”
- E aí?
- O Pardal então pediu pra mulher dele anotar. Depois de anotado, entregou ao maridão que de imediato repassou pro Jeová e agradeceu. Mas de nada adiantou ter anotado, pois o Jeová, quando chegou aqui em Fortaleza, emendou a farra e esqueceu por completo do recado para a Dona Dayse. Uma semana depois, arrumando sua carteira, ele encontrou bem guardadinho o apontamento em caligrafia feminina:
Quem seria Dayse Stael? Aonde teria conhecido a misteriosa “garota”? Em pensamento perguntava-se Jeová. Na dúvida, resolveu ligar para ela e desvendar de vez o mistério:
- Alô. Atendeu Dona Dayse.
- Por favor, eu gostaria de falar com a Dayse Stael. Falou todo gentil o Jeová.
- Pois não! Está falando com ela. Dona Dayse com aquele sotaque de estrangeira.
- Dayse, quem tá aqui falando é o Jeová Filho, tudo bem?
- Tudo bem Jeová Filho, e você?
Ora, ele começou a deslanchar:
- Eu vou bem, graças a Deus. Dayse, eu tava pensando, de onde é mesmo que a gente se conhece? Aí tive uma ideia. Como não tô ligando o nome à pessoa, que tal a gente sair pra jantar, tomar uns drinques, ouvir uma boa música, dançar... Gosta dum forrozinho?
- Jeová, meu filho, você está me confundindo com outra pessoa...
- Não, eu não estou é lembrado e, pelo amor de Deus, não entenda tudo isso como falta de respeito.
- Não, meu filho, eu não estou entendendo assim, mas você sabe com quem está falando?
- Minha Nossa Senhora, e com quem é mesmo que estou falando? Perguntou desconfiado.
- Eu sou Dayse Stael, tenho mais de 70 anos de idade e sou mãe do José, do Paulo, do Raimundo...
- Que José, minha senhora, o Pardal?”
- Sim, sou, você o conhece?
E o Don Juan de Russas:
- Ô, Dona Dayse, me desculpe, foi ligação errada...
- Vocês não sabem da última. É boa demais. O Pardal não estava na praia de Areia Branca?
- Sei, no Rio Grande do Norte.
- Pois, quando ele tava voltando de lá, resolveu dar uma passada em Canoa Quebrada, onde se encontrou com o Marreco e a turma toda. Quem também tava lá era o doido do Jeová Filho, que disse que ia embora no outro dia. O Pardal, que tinha ficado de almoçar nesse mesmo dia com a Dona Dayse Stael, sua mãe, mudou de ideia e pediu pro Jeová avisar a ela que somente iria para Fortaleza na segunda bem cedo. Aí, o Jeová pediu: “Pardal, não leva a mal, não, mas anota aí num papel o nome e o telefone da senhora sua mãe, que é pra, se Deus quiser, eu não esquecer.”
- E aí?
- O Pardal então pediu pra mulher dele anotar. Depois de anotado, entregou ao maridão que de imediato repassou pro Jeová e agradeceu. Mas de nada adiantou ter anotado, pois o Jeová, quando chegou aqui em Fortaleza, emendou a farra e esqueceu por completo do recado para a Dona Dayse. Uma semana depois, arrumando sua carteira, ele encontrou bem guardadinho o apontamento em caligrafia feminina:
Dayse Stael
224-taltal-taltal
224-taltal-taltal
Quem seria Dayse Stael? Aonde teria conhecido a misteriosa “garota”? Em pensamento perguntava-se Jeová. Na dúvida, resolveu ligar para ela e desvendar de vez o mistério:
- Alô. Atendeu Dona Dayse.
- Por favor, eu gostaria de falar com a Dayse Stael. Falou todo gentil o Jeová.
- Pois não! Está falando com ela. Dona Dayse com aquele sotaque de estrangeira.
- Dayse, quem tá aqui falando é o Jeová Filho, tudo bem?
- Tudo bem Jeová Filho, e você?
Ora, ele começou a deslanchar:
- Eu vou bem, graças a Deus. Dayse, eu tava pensando, de onde é mesmo que a gente se conhece? Aí tive uma ideia. Como não tô ligando o nome à pessoa, que tal a gente sair pra jantar, tomar uns drinques, ouvir uma boa música, dançar... Gosta dum forrozinho?
- Jeová, meu filho, você está me confundindo com outra pessoa...
- Não, eu não estou é lembrado e, pelo amor de Deus, não entenda tudo isso como falta de respeito.
- Não, meu filho, eu não estou entendendo assim, mas você sabe com quem está falando?
- Minha Nossa Senhora, e com quem é mesmo que estou falando? Perguntou desconfiado.
- Eu sou Dayse Stael, tenho mais de 70 anos de idade e sou mãe do José, do Paulo, do Raimundo...
- Que José, minha senhora, o Pardal?”
- Sim, sou, você o conhece?
E o Don Juan de Russas:
- Ô, Dona Dayse, me desculpe, foi ligação errada...
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