Lembro que, na segunda metade dos anos 1960, a onda da juventude praiana fortalezense era pegar carretilha, nas praias do Náutico, AABB, Diários e Ideal. Lembro, como se fosse hoje, do Humberto Cachorrão, com os olhos encarnados pelo sal do mar, tomando sorvete de chocolate, no Náutico, abraçado com a sua prancha de isopor, vestida com uma bem cortada e costurada capa vermelha, confeccionada pela sua mãe. Lembro, também, de uma enorme prancha de madeira, apelidada de Pirocão, com a qual o Ronaldo Fazendeiro, Sérgio Capibaribe e André Grieser pegavam onda no Olho da Pedra, defronte ao Náutico.
Segundo Rodrigo Gurgel de Oliveira, nos primórdios do Oi da Pedra, surgiu a primeira prancha de s”urf de pé”, feita em compensado nas cores azul e branca, e que era a do Boinha. Logo depois, o Lula Costa trouxe dos EUA uma de fibra de vidro. De cor amarela, media cerca de 3,5 metros e era preciso duas pessoas para carregá-la à praia. Depois, Gladstone, irmão do Lula, surfou com essa prancha que, de tão grande, foi cortada em duas novas, de tamanho médio.
Agora, diz o Paulo Teixeira, que pegava onda era “no peito”. Já, o Mateus Silva, nas taubinhas que os taiobeiros emprestavam.
Hoje, escondido pelas edificações que teimam em invadir a nossa orla marítima, o Oi da Pedra é uma formação rochosa na Praia do Meireles que adentra ao mar de forma poética. Como, em versos, poetiza o quebrar de cada onda na enseada do Mucuripe. Acho que foi lá onde o surf começou no Ceará.
Já, no início dos anos 1970, com modernas pranchas em fibra de vidro, os primeiros surfistas cearenses foram batizados no Oi da Pedra. Para lembrar de alguns, em ordem alfabética, cito os nomes de: Alfredo Montenegro (Alfredinho), André Grieser, Anselmo Mororó, Antonio Carlos Quinderé (The Quindere’s), Carlos Ramos (Carlinhos Pretão), Gladstone Costa, Humberto Lima (Cachorrão), Jorge Meneleu Fiúza (The Jorge), Junior Viana (Sibite), Kelson Martins, Lourenço Macedo (Lolô), Odalto Castro, Paulo Carvalho Júnior (Canário), Ronaldo Martins (Fazendeiro), Sérgio Capibaribe, Tarcisio Ramos (Grafite) e Walmir Castro Junior (Juninho, hoje, Neo Pineo).
Pois é, alguns parafinados, grausados, outros não, esses foram os jovens audazes e pioneiros na arte de deslizar nas mornas águas bravias dos mares do meu Ceará.
(Foto: Google)
Hoje, escondido pelas edificações que teimam em invadir a nossa orla marítima, o Oi da Pedra é uma formação rochosa na Praia do Meireles que adentra ao mar de forma poética. Como, em versos, poetiza o quebrar de cada onda na enseada do Mucuripe. Acho que foi lá onde o surf começou no Ceará.
Já, no início dos anos 1970, com modernas pranchas em fibra de vidro, os primeiros surfistas cearenses foram batizados no Oi da Pedra. Para lembrar de alguns, em ordem alfabética, cito os nomes de: Alfredo Montenegro (Alfredinho), André Grieser, Anselmo Mororó, Antonio Carlos Quinderé (The Quindere’s), Carlos Ramos (Carlinhos Pretão), Gladstone Costa, Humberto Lima (Cachorrão), Jorge Meneleu Fiúza (The Jorge), Junior Viana (Sibite), Kelson Martins, Lourenço Macedo (Lolô), Odalto Castro, Paulo Carvalho Júnior (Canário), Ronaldo Martins (Fazendeiro), Sérgio Capibaribe, Tarcisio Ramos (Grafite) e Walmir Castro Junior (Juninho, hoje, Neo Pineo).
Pois é, alguns parafinados, grausados, outros não, esses foram os jovens audazes e pioneiros na arte de deslizar nas mornas águas bravias dos mares do meu Ceará.
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