Se tinha uma coisa que Capitão Arrocha não abria mão era a de, habitualmente, ir ao Museu do Ceará trajado de cangaceiro para bater papo com o empalhado Bode Ioiô, um famoso caprino que zanzava pelas ruas centrais da cidade de Fortaleza na década de 20 do século passado, quando, comumente, era visto na companhia de boêmios e escritores que lhe davam cachaça para beber nos bares e cafés ao redor da Praça do Ferreira.
Pois bem, Capitão segredou aos amigos Darazi – talentoso fotógrafo de luminosas imagens – e Caçula – virtuoso músico de sete instrumentos – que, desde menino véi, possuía a sobrenatural faculdade de falar com bichos, mesmo com os mortos. Dizia que passava horas a fio assuntando sobre curiosidades que eles revelavam acerca de suas vivências reais e das histórias criadas pelo imaginário popular.
Curiosamente, em 1996, Bode Ioiô teve o seu rabo surrupiado. Sobre o assunto, Capitão Arrocha ousou indagar ao folclórico Ioiô e ele o teria respondido: - “Espia, amigo, eu não tenho meu rabo pra fuxico, não!”
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