Quando alcanço a plena lucidez, eu atino o momento além da minha existência. Pairo na abrangência de meus limites, guardados ao espio das almas que a memória abriga os que fazem parte da minha história. Assim, o tempo se esparge em vários sentidos.
Na viagem das horas eu clareio universos, hipnotizo meus medos e me aporto no repetido eco das imprecisas ondas.
Às minhas oiças, uma musa fala de um lado, enquanto um coral canta de outro. Falam na minha mente o que as palavras não sabem dizer. Números contam uma sequência de sentimentos no medievo circo que desafia as impossibilidades que os postos conhecimentos impõem.
Ah, musical madrugada, toque o piano da minha vida que eu quero, preciso, sonhar! Oh, misterioso sopro, navegue-me nas marés da imaginação dos desejos que me embalam!
E que a realidade não me acorde do sono que me faz voar no numinoso pensamento da sombras insanas!
Pensando bem, é tão ingênuo ser feliz...
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