sexta-feira, 31 de julho de 2015

Imortal Dr. Sálvio Pinto


Hoje, tenho a alegria de assistir a posse do amigo Dr. Sálvio Pinto, como componente da Academia Cearense de Medicina, ocupando a cadeira de número 40, patroneada pelo Dr. Rocha Moreira.


Amigo desde a adolescência, acompanho a brilhante trajetória profissional do Dr. Sálvio do seu início. Quando estudante da UFC, já dedicava-se à Santa Casa de Misericórdia, em Fortaleza. Formado, fez residência na USP, em São Paulo, tornando-se assistente único do Dr. Fernando Gentil. Depois, foi trabalhar em Tóquio, no Japão, e em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde inteirou especialização e doutorado. Depois, voltou a morar em Fortaleza.


Simples que só, Sálvio sabe exercer o sacerdócio da medicina sem se arredar do tempo que lhe sobra para brindar a arte da convivência com seus tantos amigos.

Parabéns, Dr. Sálvio!

(Fotos: Totonho Laprovitera)

Apaixonado Bilinha


Com olhar apaixonado, o bom Bilinha bota é quente na loura, mas, ela não esquenta e lhe demonstra a maior frieza!

(Foto: Fernandão Frota)

quinta-feira, 30 de julho de 2015

No shopping


No shopping da Parangaba, o introvertido Valdecir Augusto chegou para uma espilicute dona e disse: 

- Ei, moça, eu não estou encontrando minha esposa. Poderia ficar conversando com você só um pedacinho? 
- Comequié? Perguntou a senhorita, com a boca lotada de chicletes. 
- É que sempre que estou conversando com uma mulher bonita, minha esposa aparece de repente!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Carioquês na Praia de Iracema


Não faz muito tempo, em um bar da Praia de Iracema, na night, um amigo questionou o outro:

- E aí, macho véi? 
- Olha só... Beleza?
- Tudo pai d'égua!
- Só, sangue bom... 
- Macho, eu te conheço desde menino... 
- Irado, ó? E daí?
- E daí é que você nunca saiu daqui, da Praia de Iracema. Nasceu aqui, morou aqui, sempre viveu aqui... 
- Coé, mermão, pirou? Tá maluco?
- Maluco, eu?
- Aê, fala sério... 
- Tô falando, mah...
- Pô, sinistro! Que parada é essa, vai marcar bobeira?!
- Arre égua, é que eu não consigo entender esse teu jeito...
- Aê, caralho, que merda, muito foda... 
- Respeite, que chiado escroto! 
- Aê, mané, tu tá boladão pra porra, mermão...
- Diabeísso, pra que esse sotaque carioca tão fuleiro?! 
- Ora, bolas, é o estilo maneiro de me expressar... 
- Aí dento! 
- Aê, dá não, ó? Vou vazar... Finalizou o inquirido, com todo o vigor do seu carioquês!

terça-feira, 28 de julho de 2015

Bar do Val


O Papelin me contou que uma bela e formosa moça, amiga do paraibano Osmilton, muito dada e batalhadora que só, ligou pra ele e perguntou:

- Pará, você conhece o Bar do Val?
- Sim, conheço. Por que?
- Lá é bom pra ganhar dinheiro?
- Bem, eu sei que lá é bom é pra gastar!

Privacidade


Essa espécie de cortina serve para resguardar a privacidade e assegurar o anonimato dos usuários de um pequeno motel do Centro da cidade.

(Foto: Totonho Laprovitera)

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Aí mente!

Negrita e Chico.

Comunicado por telefone, pelo amigo Cacau, que na oficina do Negrita havia chegado um sujeito que mentia mais do que ele, Chico Macaco rogou:

- Cacau, segura o homem aí que estou chegando! 

Resumindo, Chico manteve-se na hegemonia do cinturão de ouro da categoria.

domingo, 26 de julho de 2015

Raimundo Baixinho


Conta-me Ricardo Lincoln Barreira, meu amigo Barreirinha, que Raimundo Baixinho era um faz-tudo que morava na fazenda da família dele, em Quixadá.

“100% analfabeto, por quem meu pai tinha uma carinho especial. Na construção de um banheiro na dita fazenda, ele deixou a ‘cabeça’ da manilha quase um metro acima do piso e quando papai perguntou: 

- Raimundo, a que altura ficará o sanitário?

Ele respondeu: 

- Calma, Doutor, ainda falta os dregau.”

Por uma boa causa


Ô povo pra inventar moda! Pois não é que a nova mania online é segurar uma Coca-Cola entre os peitos por uma boa causa!

(Foto: Google)

García Lorca


Federico del Sagrado Corazón de Jesús García Lorca, ou, simplesmente, Federico García Lorca (1898-1936), foi um poeta e dramaturgo espanhol, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola, que, segundo algumas versões, teria sido fuzilado de costas, em alusão a sua homossexualidade. Lorca foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista.

Atribui-se à eliminação de García Lorca como parte de uma campanha de assassinatos em massa para excluir adeptos da Frente Popular Marxista. No entanto, argumenta-se que García Lorca era apolítico e tinha muitos amigos em ambos os campos republicanos e nacionalistas. Muitos anticomunistas eram simpáticos a Lorca ou assistiram a ele. 

(Foto: Google)

Fastioso Bosco


Seguramente, a expressão "dali não sai nada, é osso duro de roer", não se aplica ao apetite voraz do fastioso Bosco.

Em tempo: Bosco tem dito que se encontra em rigorosa dieta alimentar.

(Fotos: Kaka Luna)

sábado, 25 de julho de 2015

No cabeleireiro


Samanta e Ariane, do Bairro Henrique Jorge, se encontraram no cabeleireiro e começaram a conversar:

- Menina, como você tá diferente! Cortou o cabelo, tá moderna! 
- Pois é... 
- Nossa, poderosa! Tá mais magra, bonita! Como você emagreceu! 
- Pois é... Perdi quinze quilos! 
- Quinze quilos?!
- É, eu tive de retirar um rim! 
- Nossa, eu não sabia que um rim pesava tanto...
- Ãh?
- Mas, querida, você está ótima!
- Ô, obrigada. 
- A pele, uma porcelana! Qual é o seu protetor? 
- São Francisco de Assis.
- O tempo tem feito muito bem à você.
- Ah, tenho procurado me cuidar.
- E qual é o segredo pra chegar nesta idade assim, sem um fio de cabelo branco? 
- Pinto de preto. 
- Amiga, me passa já o telefone desse moreno!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Bacorinha


Não que tenha nascido uma beldade de criança, mas quando Maria do Rosário foi adolescendo, foi desabonitando e tomando umas proporções pra lá de avantajadas. Não tardou ser apelidada de Bacorinha, alcunha que deve carregar até hoje.

Quando Bacorinha foi trabalhar na casa do Manelzinho, na rua José Lourenço, em Fortaleza, logo conheceu e caiu nas graças da turma da DEPRA. Pra vocês terem ideia do espírito do pessoal, reparem só o que significa a sigla: Departamento Estadual da Putaria da Raça Alcoólica. 

Apesar da sua exótica aparência física, Bacorinha foi bastante disputada pelos rapazes, mas coube o prêmio da sua castidade ao jovem Bolinha, que possuía um papo de convencer um bode a tomar banho e ainda pedir shampoo. Aberto o caminho, filas e mais filas se formaram para o deleite com a moça. E para os encontros amorosos, não tinha lugar certo, não. Tanto podia ser no corredor como na casinha do motor do baixo prédio de apartamentos em que ela morava e labutava. Certa vez, Valtinho quase que rola suas partes, quando estava na tal casinha e o traquino Chiquinho ligou o motor! Foi um Deus nos acuda! Os mais experientes, espalhavam areia no hall de entrada do edifício para, assim, ouvirem melhor o arrastar dos passos dos adentrantes. E por aí, iam as arrumações da negada...

Passados os tempos, eis que me deparo com Bolinha e ele me pergunta sobre as meninas da Zé Lourenço: Auremir, Aurélia (a Lady Juli), Maria Paraíba e, é claro, a Bacorinha! Não soube lhe responder, mas, na ponta da língua, o Chiquinho deu o paradeiro de todas elas. 

Segundo Bolinha, a saudosa Bacorinha merecia uma homenagem pela grande contribuição que ela prestou aos imberbes petizes da Aldeota, na iniciação de seus incursos sexuais. “Um monumento em algum espaço público, talvez”, sugere Bolinha. “Amigo, se for pela trajetória da moça, haja saca de cimento para erigir o obelisco”, comentou Cabo Chico.

"Obelisco... Pois tá... É cada apelido"... Finalizou Bolinha.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Chico Pio em João Pessoa


Giovane arrumou um show para o Chico Pio, em João Pessoa, na Paraíba. Contudo, de lá, ele despachou o convite dizendo que quando o Chico chegasse lá ele reembolsaria as despesas de viagem e pagaria o cachê da sua apresentação. Chico, que estava com o caixa baixo, pegou uma grana emprestada com Carlinhos Papai para a aquisição da passagem de ônibus. Aí, deu certo, Chico foi a João Pessoa, realizou o show e fez sucesso.

Assim que voltou para Fortaleza, Chico me ligou para contar como havia sido a peripécia. 

- Parceiro, foi bom demais!
- Foi, Chico?
- Foi não, foi?! Casa lotada, grana adiantada e sem choro, bebida, rango, mulheres... 
- Êita, que bombou!
- Ora, se não! 
- Pra ver como são as coisas, Chico, valeu a pena você ter ido. 
- A ida foi aquela luta, né? Mas, até Roberto Carlos já passou por isso e, além do mais, eu estava de férias, com tempo pra me aventurar, quer dizer, tudo pela música, né?
- É...
- Agora, eu cheguei na rodoviária daqui de Fortaleza e comprei a passagem. Aí, sobrou um troco e eu não tive dúvida, comprei um livrinho para eu ir lendo no ônibus até João Pessoa.
- E o que você foi lendo até lá?
- Bem, como a grana do troco era pequena, só deu para eu comprar um livrinho daqueles de tabuada. 
- Foi até lá lendo a tabuada?!
- Exato, parceiro, sempre gostei de aritmética e nunca é demais estudar os números!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Roberto Carlos e Raimundo Fagner


Roberto Carlos e Raimundo Fagner, em 1977, com Peixoto e seu sócio Zé Augusto, representantes da CBS Discos.

A foto registra o Rei sendo conduzido pelo Fagner ao aeroporto de Fortaleza. No carro, quem estava à espera dos dois era o saudoso Petrúcio Maia, a quem Roberto se encantou com o seu papo genial. 

Pois é, foto boa é aquela que conta uma história. Dei valor.

(Foto: Acervo Clóvis Neto)

O voo do Louro


Esse registro fotográfico, devidamente acompanhado de seu histórico, foi encontrado em um seleto grupo de rede social.


Na volta da Expocrato 2015, na cidade de Crato, Ceará, a empresa de táxi aéreo não mediu esforços para oferecer um serviço diferenciado ao ilustre Louro Maia, passageiro que esbanja elegância na maneira mais airosa de voar, que lhe é peculiar. 


Primando bastante pela excelência de seu serviço de bordo, foram servidas diferentes opções de salgados, lanches, sobremesas e bebidas à vontade. Tudo, é claro, na base da cortesia.

(Fotos: WS)

Fortaleza - Construação de Uma Cidade Saudável

terça-feira, 21 de julho de 2015

Visitante


Tenho um amigo que, pela sua grande ausência no lar, a esposa confeccionou uns adesivos com a estampa de “Visitante”, para pôr na camisa dele quando ele chega em casa. 

Sobre o ocorrido, ele conversou com a consorte: 

- Ora, mas que falta de absurdo, meu amor! Já não bastou o livro de ponto que não funcionou?
- Meu filho, é que você não para em casa e, com a violência de hoje em dia, eu só falto perder os cabelos de tanta preocupação...
- Das Graças, deixa de besteira, que eu sei me cuidar. 
- Sabe não. 
- Sei, sim. 
- Falando nisso, você já foi ao banheiro? 
- Fui.
- Apagou a luz?
- Não, ela apagou sozinha.
- Não acredito, Luís Vicente, você fez xixi na geladeira de novo?! 

E pois não é que noutro dia ele chegou de manhã da farra e Das Graças, irritada, perguntou:

- O que o senhor está fazendo aqui?
- Vou ficar até ninguém me aguentar mais, tá bom?
- Quer dizer que você não vai ficar nem para o café? 

Tem jeito não... Mas, o casal se merece!

(Foto: Zecaneto)

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Avião colide com urubu no Maranhão

Um acidente envolvendo o avião do Grupo Armazém Paraíba quase termina em tragédia. 


O aeronave teve o vidro da frente quebrado quando colidiu com um urubu, assim que decolou de São Luís, Maranhão. 


Os passageiros e a tripulação saíram ilesos, mas o urubu ficou estraçalhado, deixando todos respingados pelo sangue da ave. 

Assista o vídeo, instantes após o choque.

(Fotos e vídeo: Google)

Ser deputado

Pacífico Guerra.

O leitor Pacífico Guerra, do Bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza, nos escreve contando que, quando não tem o que fazer, liga para a Assembleia Legislativa e diz: "Bom dia, eu queria ser deputado. O que é preciso"? 

Aí, a telefonista responde, perguntando se ele está ficando doido, e ele continua: "Tô, sim, minha senhora. O que mais é preciso"? 

(Foto: Zecaneto)

Pra matar ratos


Seu Zé Deletério parece até que é parente do saudoso Seu Lunga, de Juazeiro do Norte. Pois não é que lá no Conjunto Palmeiras, onde reside em Fortaleza, ele foi a uma lojas de agropecuária para comprar raticida.

- Tem remédio pra rato?
- Ele tá doente de que, Seu Zé?
- Eu quis dizer veneno...
- Ah, sim, temos Chumbinho.
- Pois separe um pra mim. 
- Pro senhor?!
- Não, pros ratos.
- O senhor vai levar?
- Não! Vou pedir que eles venham comer aqui...

(Imagem: Google)

domingo, 19 de julho de 2015

Seu Deusdete: o enterrado vivo


“Para salvar a humanidade no dia do Juízo Final”, o agricultor Deusdete Braga do Nascimento, 70, já se enterrou por quatro vezes, com direito à velório e cortejo pelas ruas do distrito de Taperuaba, em Sobral, Ceará, onde reside.

Seu Deusdete acredita ter recebido a benção da vida eterna. "Foi uma ordem de Deus que veio em sonho. Se o meu corpo não resistisse uma hora sob a terra, o mundo iria acabar"... Uma sombra que me acompanhava na rua disse que eu não deveria pedir perdão. Carreguei meu arrependimento até completar 28 anos. Foi nesse tempo que, uma voz me apareceu na localidade de Vertente, Santa Quitéria, dizendo que eu estava perdoado e que eu deveria voltar à Igreja, para comungar. Aí veio a ordem de Deus em sonho, para eu salvar a humanidade ao descer à sepultura com vida", explica.

Da última vez, no quintal da casa de um dos seus irmãos, ele conseguiu ficar enterrado por duas horas, numa cova com sete palmos de profundidade.

Comumente, o episódio é interrompido com a chegada da polícia, dando ordem para desenterrar o agricultor.

(Foto: Google)

Dante Alighieri

Dante no Exílio.* 

Italiano de Florença, Dante Alighieri (1265-1321) foi um dos grandes poetas mundialmente conhecidos. 

Dante estudou em sua cidade natal, onde iniciou-se na literatura de Virgílio, Estácio e Ovídio. 

Seu famoso poema A Divina Comédia, é divido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Nesta importante obra da Idade Média, Dante descreve o caminho de sua alma por estes três estágios. Embora esta sua grande obra trate dos valores medievais, ela foi capaz de ser valorizada e compreendida mesmo séculos depois. 

Dante faleceu em Ravena, na Itália, aos 56 anos.

(*) Anônimo. Archivo Iconográfico S. A., Itália. Imagem pertencente à Corbis Image Collections.

Praia das Fontes, é de arte o lugar!


Em 1998, eu e Fagner tínhamos agendados algumas exposições, porém, faltava-nos obras para mostrarmos. Resolvemos, então, produzi-las em sua casa de praia, em Beberibe. Na casa, ele, eu, minha mulher Elusa e meus filhos Fernando Victor e Joana.


Para nos organizarmos, posta ao centro da sala, dividimos parte de uma mesa de pingue-pongue ao meio. De um lado eu, do outro, ele. Tacamo-nos a produzir! Pintamos, desenhamos, “musicamos”, cozinhamos, conversamos, descansamos e, por fim, produzimos mais do que o bastante para mostrarmos aqui, em Fortaleza, Maceió e Brasília. 

Foram dias maravilhosos com muita arte! 

(Fotos: Fernando Victor Laprovitera)

Lanterna


Lanterna é um aparelho para iluminar.

Comumente, ela é constituída de pilhas, com uma pequena lâmpada elétrica, encaixadas em cilindro de metal ou plástico.

Popularmente, também, lanterna é um termo utilizado para designar a última colocação na tabela de classificação de qualquer competição esportiva. 

(Foto: Google)

sábado, 18 de julho de 2015

Antonius I


Já quis ser autoridade religiosa. Cheguei até a ajudar missa na Paróquia da Paz, celebrada pelo saudoso Padre Amarílio. Larguei da vontade, confesso, pela falta de traquejo para a responsabilidade. Todavia, pesquisando pelo universo das memórias eletrônicas, encontrei a imagem de Antonius I. Dizem que era franciscano. Prestando bem atenção, acho que a santidade da foto deve ter algum parentesco comigo, pois lembra um pouco a minha material fisionomia. Se ele tiver ascendência fortalezense da gema, ou clara calabresa, certamente, no omelete da vida, havemos de ser parentes!

Chico Doido de Caicó


Nascido em Caicó, no Rio Grande do Norte, Francisco Manoel de Souza Forte (1922-1991), o Chico Doido de Caicó, foi um poeta, autor de poesias erótico/debochadas.

Pouco se sabe sobre a vida de Chico. Nos anos 1940, saiu de Caicó para servir na Marinha Mercante. Nos anos 1950, morou em Natal. Em seus derradeiros anos de vida frequentou a famosa Feira de São Cristovão, no Rio de Janeiro, onde divulgou seu trabalho. Pouco antes de sua morte, Nei Leandro de Castro e Moacy Cirne o encontraram e passaram a divulgar seus poemas, publicando-os, a partir de 1991, no fanzine-panfleto Balaio Porreta. 

Dizem que em 1993, postumamente, Chico foi lançado à Academia Brasileira de Letras. Em 1994, também postumamente e representado por Cirne, foi "patrono" da turma de formandos de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense.

Em 2002, em Natal, pela Sebo Vermelho, Cirne e Nei Leandro publicaram a coletânea "69 Poemas de Chico Doido de Caicó". Pouco após a publicação da coletânea, foi tema da peça Chico Doido de Caicó, dirigida pelo ator Leon Góes, ficando em cartaz por dois meses no Teatro Vila Lobos. A peça gerou tanta repercussão, chega foi publicado um artigo sobre Chico Doido no jornal francês Le Monde.

Chico Doido faleceu aos 69 anos, na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Um poema do notável poeta popular potiguar, Chico Doido do Caicó:

"Sou doido por mulher
Sou doido por cachaça
Sou doido pra gastar dinheiro
Sou doido por uma bunda
Sou doido por Caicó
Sou doido pelo mar
Sou doido por violão e lua cheia
Sou doido por uma conversa de bar
Sou doido por arribaçã
E sou doido propriamente dito"

(Foto: Google)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Férias em Fortaleza


Quando o Bob vinha passar férias do Rio, lá pelo final dos anos 60, rodava aqui numa Kombi de entrega de mercadorias da loja de seu pai, devidamente equipada com um colchão no lugar dos dois bancos traseiros.

No volante da camioneta, Bob formava dupla com o amigo Zé em noturnas garimpagens, pegando lúbricas garotas entregues à libertinagem, que faziam ponto pelas ruas do deserto Centro da cidade de Fortaleza, ainda moça. 

E contavam que, certa vez, eles assim encostaram em duas donzelas:

- E aí, meninas, já arrumaram alguma coisa hoje?
- Que nada, pooorra nenhuma!

Foi não foi, Bob e Zé davam um tempo em suas abordagens, a partir de uma tal ardência.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Bom Nonato


Mentalmente limitado, Nonato era um adotado dos servidores da saudosa SUOP (Superintendência de Urbanismo e Obras Públicas), da Prefeitura de Fortaleza. 

Pois bem, lá pelo final dos anos 1970, quando a repartição situava-se em uma casa na Avenida Beira Mar, onde hoje funciona o bar Boteco Praia, o bom Nonato fazia pequenos serviços, além de pastorar e lavar carros. Certa vez, à respeito do ingênuo serviçal, assim palestrou Cecílio com Jussier:

- Rapaz, o Nonato não tem preguiça, né?
- É, pelo visto, não tem, não...
- Olha só, ele pra cima e pra baixo, carregando baldes e mais baldes de água pra lavar os carros...
- E cada balde deve pesar é muito.
- Ora, se pesa...
- E vai ver que ele vai buscar é longe...
- Nonato! Chamou um deles.

E o Nonato se aproximou.

- Nonato, macho, tu não se cansa de trazer esses baldes cheios d´água, de tão longe?
- Canso não. Eu pego a água aqui, bem pertim...
- E, de onde você pega?
- Do mar...

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Jumentos


Muito se tem falado sobre a visita de dois jumentos ao Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. A cena, que mostra a ilustre dupla, lépida e fagueira, saindo do saguão do terminal de passageiros, corre o mundo pela Internet e recebeu destaque pela relação do equipamento com a fauna do seu entorno, onde é abundante a presença de jericos. 

Sobre o assunto, lembrei da música “Apologia ao Jumento”, de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, cuja letra de José Clementino diz:

É verdade, meu senhor
Essa estória do sertão
Padre Vieira falou
Que o jumento é nosso irmão
A vida desse animal
Padre Vieira escreveu
Mas na pia batismal
Ninguém sabe o nome seu
Bagre, Bó, Rodó ou Jegue
Baba, Ureche ou Oropeu
Andaluz ou Marca-hora
Breguedé ou Azulão
Alicate de Embau
Inspetor de Quarteirão
Tudo isso, minha gente
É o jumento, nosso irmão
Até pr'anunciar a hora
Seu relincho tem valor
Sertanejo fica alerta
O dandão nuca falhou
Levanta com hora e vamo
O jumento já rinchou
Bom, bom, bom
Ele tem tantas virtudes
Ninguém pode carcular
Conduzindo um ceguinho
Porta em porta a mendigar
O pobre vê, no jubaio
Um irmão pra lhe ajudar
Bom, bom, bom
E na fuga para o Egito
Quando o julgo anunciou
O jegue foi o transporte
Que levou nosso Senhor
Vosmicê fique sabendo
Que o jumento tem valor
Agora, meu patriota
Em nome do meu sertão
Acompanhe o seu vigário
Nessa terna gratidão
Receba nossa homenagem
Ao jumento, nosso irmão

(Foto: Google)