sábado, 29 de setembro de 2018

Waldick em Sobral


Enviada pelo Zezinho Ponte, do acervo de Lucídio Carneiro, a foto de Chico Torres registra Waldik Soriano cumprimentando Zé Monte no camarim do Palmeiras Country Club, em Sobral, no ano da graça de 1983.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Educação e Cultura


Pensando bem, toda administração do setor público da Cultura necessita em sua organização a associação ao âmbito da Educação. No mínimo, em seu conceito, dentre tantos aspectos, a educação embasa e orienta com conteúdo todas as expressões artísticas em suas mais diversas manifestações. Daí, a abrangência de finalidades acarretará na capacidade de identificação de problemas em busca de alternativas para a disposição de soluções. Assim, a partir de instrumentos que permitam a avaliação de políticas públicas locais, será encontrado o principal bem comum da coletividade: a melhoria da qualidade de vida!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Bate-papo com Salmito


Amig@s, façamos a nossa pARTE
Vamos falar com o Salmito!

Caravelle


Lançado em 1955, o Caravelle revolucionava a aeronáutica mundial, pois da aviação comercial foi a primeira aeronave de passageiros à jato com turbinas na fuselagem. 


Aqui em Fortaleza, ele fez tanto sucesso, chega até hoje existe em sua homenagem o Restaurante Caravelle, na Avenida Luciano Carneiro, no Bairro Vila União. 


Já, considerado um dos maiores goleiros da história do futebol nordestino, por seus voos em defesas mirabolantes, o arrojado goleiro Aloísio Linhares foi apelidado no futebol cearense de Caravelle. 

Convivi com Aloisio Linhares em Beberibe. Quando nos encontrávamos na casa do Fagner, na Praia das Fontes, eu o servia de gelo à distância. Ele levantava o copo de uísque e eu jogava as pedras. Não caia uma no chão! Ele pegava todas! 

Grande Caravelle!

(Fotos: Google)

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Diversidades


Exposição Diversidades na Galeria Vicente Leite. Com os artistas Antenor Lago, Daniel Pellegrini, Dion Mesquita, Gabriele Lima, Giba Ilhabela, Gustavo Diógenes, Kléber Ventura, Lana Benigno, Manoel Braz,Totonho Laprovitera e Válber Benevides. Curadoria de Dante Diniz.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

domingo, 23 de setembro de 2018

Salmito, Arte e Cultura


Amigos(as), não pratico política partidária, nem trabalho para nenhum candidato nessas eleições. No entanto, sendo entusiasta pela valorização e desenvolvimento de nossas artes e cultura, irei ao bate-papo com Salmito Filho – aspirante à deputado estadual – com quem há muito temos discutido sobre o assunto. 

No desenho desse encontro falaremos de ideias, ideais, e verificaremos possibilidades de implementarmos ações que contemplem políticas públicas a favor de atividades artísticas e culturais. 

Bora lá!

Abraço,
Totonho Laprovitera

Estudo para escultura em um fio só

Totonho Laprovitera - Estudo para escultura em um fio só - 2018 - Posca sobre papel - 29,7 x 42 cm.

sábado, 22 de setembro de 2018

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Sendo breve


Sendo breve, ao longo dos tempos, Itália, França e Espanha investiram muito em seus artistas e em suas criações. Nas suas culturas e em suas memórias. 

Hoje, colhem os frutos de ter no Turismo Cultural uma de suas mais produtivas atividades econômicas. 

Pois é, os que bem pensam em arte e cultura, não cogitam formar apenas povos, ajuízam em estabelecer civilizações!

(Foto: Google)

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Cangati



O Cangati – de nome científico Trachycorystes galeatus – é um peixe de água doce da família dos bagres. Curiosamente, ele faz parte dos dez por cento das espécies písceas que trocam de sexo uma vez na vida, virando macho ou fêmea, em questão de semanas. Isso acontece quando a proporção entre os dois sexos se desequilibra, aí, para se salvar, a espécie encontra esse jeito de se reproduzir. 

Sobre o mote, conversando com um grupo de ictiólogos, um deles me falou de uma experiência com uma coleção de cangatis, onde só tinha macho em uma semana e na outra, entre eles, apareceu uma fêmea. “Interessante, o que virou fêmea foi justamente o macho maior e mais bonito”, comentou um deles. E continuou: - “Por isso, meus amigos é que eu quero continuar sendo é feio, mesmo!” 

Agora, o cangati é fichinha diante do Serranus tortugarum. Nativo do Panamá, esse é capaz de mudar de sexo até vinte vezes em um só dia!"

Pensando bem, taí um tema inspirador para novela das oito!

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Abissal Marrecas


Em chistosa mania de grandeza, sempre que lhe perguntavam onde ficava a familiar Marrecas, Chiquinho respondia: - “Conhece Sobral? Pois bem, fica dentro da Fazenda!” 

Lembrei dessa passagem ao ver uma foto, seguramente, batida na Fazenda Marrecas, com os Beatles montados em quatro jumentinhas, as quais reconheci: Cara Branca, Meruoca, Pretinha e Roxinha. Também identifiquei um quinto animal à esquerda como sendo o Boa Viagem, que era um jumento estradeiro que só. 

Na foto dos quatro Beatles e cinco asnos, deduz-se que ela foi batida pelo quinto beatle, que não aparece na imagem. 

Tornando à Fazenda Marrecas, Newton conta que na seca de 30 o gado sobreviveu graças ao coqueiral da linha costeira da propriedade. Pra quem não sabe, tirando as raízes, todas as partes do coco são aproveitadas e em sânscrito o nome do coqueiro é kalpa vriksha, que significa "a árvore que fornece todas as necessidades da vida".

(Foto:Google)

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Argentário Lourico


Todo metido à bacana, Lourico tinha mania de grandeza e em nenhum momento ele deslembrava de se mostrar o que não era e estava longe de ser: rico. 

Quando ele namorou a formosa balzaquiana Marlene, ela comentava com as amigas: - “Meninas, o Lourico é muito simples mesmo! Um homem do quilate dele, com tantas posses e importância, sem a menor frescura, dispensa segurança e anda nos lugares comuns como fosse uma pessoa qualquer.” 

Já, na vez da oxigenada Ieda, auxiliar de enfermagem de mão cheia, ela comentava no plantão da Assistência Municipal: - “Ele disse que tem aquele jeito desconjuntado e o andar meio enviesado por causa de um acidente que sofreu esquiando. Fui perguntar se tinha sido em alguma lagoa ou no mar e ele respondeu que foi na neve, ó? Ô homem chique!” 

Quanto à cabeleireira Judite, ninfeta que nutre o sonho de ter o próprio salão de beleza: - “Mulher, o homem tem muita grana! Acredita que a gente estava almoçando na churrascaria, aí o celular tocou e era a gerente dele pedindo pra ele emprestar um dinheiro pro banco. Mulher, o homem é estribado e só fala de milhão pra cima!” 

Pois é, enquanto sua fama de argentário corria os quatro cantos da cidade, caxingando em ponto e vírgula, Lourico levava a vida de laçador em clínica popular, jogando muita conversa fora! 

Como dizia madame Sally, “desde que o mundo é mundo, enquanto existir otária, malandro nenhum fica sozinho.”

domingo, 9 de setembro de 2018

sábado, 8 de setembro de 2018

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A escultura


Para tudo existe um dono, é certo. E foi assim que consegui intermediar entre amigos, à pedido do Alexandre Jereissati, o investimento de uma peça artística do seu tio Tadeu para Gaubi Vaz. 

E foi desse jeito. Em Fortaleza, Tadeu queria se desfazer de uma bela escultura de autoria de Bruno Giorgi. Gaubi estava perto de inaugurar sua nova casa, em Maceió. Então, na semana em que eu havia fotografado a obra de arte, Gaubi me telefonou de uma galeria do Rio de Janeiro, perguntando sobre o que eu achava de umas obras de arte que o haviam oferecido. Mandou as imagens pelo telefone, eu as vi, analisei e gostei. Daí, eu falei sobre a escultura de Giorgi. Gaubi se interessou, pediu-me as imagens e as enviei, de imediato, observando a necessidade de restauração. Então, Gaubi perguntou o valor – eu informei – pesquisou e pediu preferência de compra. 

Apresentada a oportunidade de negócio ao Tadeu, as partes se entenderam e o negócio foi fechado. Quando fui buscar a escultura na casa dos Jereissati, no momento em que ela estava sendo desmontada, reparei a emoção marejar nos olhos de Tadeu. Ao terminar a embalagem, ele se dirigiu à Gleick, mulher de Gaubi, e disse: - “Senhora, essa escultura foi instalada no jardim dessa casa – de arquitetura moderna, por sinal – em 1959. Em mais de 50 anos, ela presenciou muitos momentos felizes de minha família. Desejo que ela presencie da sua.” 

Pois é, quando soube do passamento do Tadeu, a quem nutri uma amizade que, mesmo recente, fazia-se parecer bem antiga, pensei: Era um homem bom.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Aqui, jazz


Em Brasília, fui levado por amigos a conhecer uma descolada casa noturna, de estilo nova-iorquino, voltada ao jazz, com banda fixa, bar de diversos drinques, petiscos sofisticados e atendimento de primeira. 

Habitualmente frequentado por um público mais experiente, não é que o estiloso lugar ganhou como vizinha, parede com parede, uma funerária que expõe em sua enfeitada vitrine seus serviços de venda de urnas mortuárias, velórios e enterros! 

Sobre a relação de vizinhança, sentado ao ilhado balcão, ouvi um velho e cabisbaixo bom boêmio suspirar e murmurar: - “Aqui, jazz... Lá, jaz...” 

Aí, um enfatiotado, já truviscado, bocejou e sussurrou: - Aqui, jazz... Lá, chorinho...”

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Braço-de-Ferro


Indignado, uma incorruptível autoridade se queixava da acusação de ter recebido três propinas naquele mês. Revoltado, ele falou que tomaria as devidas providências com o sujeito que o havia “vendido” em troca de ilícitas vantagens que o cargo lhe consentia. Indagado sobre quais seriam as providências, ferido em sua castiça dignidade e sem perder a compostura, respondeu: - “Inicialmente, mesmo desconhecendo a matéria, tomarei o que cabe a mim, pois o escroque recebeu em meu nome e não me repassou!”

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Insone ouvinte

Sílvio Augusto e Moreira Brito.

Passei uns três anos sofrendo de insônia, distúrbio que me agoniava bastante. Dela aprisionado, evitava os seus conselhos para atravessar as longas e silenciosas madrugadas. Aí, eu pegava o velho e devotado radinho de pilha, enfrentava o passar das horas e aproveitava o tempo para observar os costumes dos notívagos que perambulam pelo universo da solidão. Para não passar em branco, eu telefonava para o programa “Show da Madrugada” e registrava a minha audiência: - “Totonho, do Bairro Mucuripe.” Então, os radialistas travavam o seguinte diálogo: 

- Moreira, você conhece esse ouvinte que liga todas as madrugadas? 
- Não, Sílvio, mas sei que é amigo do meu irmão Roberto. 

Curei-me da insônia – muito embora vez por outra eu tenha uma leve recaída – mas até hoje sinto saudade daquele programa radiofônico, de preciosa linguagem AM, tão identificada com o povo que dá o maior valor à naturalidade da fala simples e direta.