Playback é um recurso de áudio que utiliza uma gravação prévia de trilha sonora como base para músicas, acompanhamentos e diálogos.
Pois bem, o primeiro discurso político em playback que tenho notícia foi realizado no interior do Ceará.
Aconteceu lá pelas quebradas dos anos 2000, quando um filho da terra, há algum tempo dela ausente, foi impelido a se candidatar ao cargo de prefeito municipal. Ocorre que o cabra era gago e temiam que ele tropeçasse em sua primeira fala. Certamente, seria o fim de seus intentos, pois o exigente eleitorado não se convenceria e nem acreditaria em suas propostas e promessas. Daí, o seu chefe e mentor político decidiu levá-lo a um estúdio de áudio e gravar a sua fala em CD, com a devida produção e ajustes tecnológicos para obter uma fluente expressão verbal.
Assim sendo, no comício, na hora agá, a banda fez um barulho ensurdecedor e quando os fogos pipocaram, anunciaram o candidato, diminuíram a luz do palanque e ligaram o aparelho de CD Player nas alturas. Aí, mudo, o candidato sincronizou os movimentos labiais conforme o seu discurso pré-gravado, mandou brasa e o povo foi à loucura! Sucesso total!
É fato que o recurso deu certo porque a falação foi mais ligeira do que coice de bacorinho e aconteceu apenas uma vez. Ninguém desconfiou da marmota e o sucedido entrou para história dos que participaram daquela astúcia política.
Ah, ia me esquecendo, o candidato foi eleito!
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