quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ode ao Amor de Francisco e Clara: Capítulo 2


2.    Menina Nordestina

Clara conta a sua história, a sua realidade e seus sonhos. Diz que a palavra nos foi dada para explicarmos os nossos pensamentos, e assim como os pensamentos são os retratos das coisas, da mesma forma as nossas palavras são retratos dos nossos pensamentos.[i]

A menina nordestina
brilha seu olhar trigueiro,
ilumina tantos sonhos
no sertão das claras noites
ensolaradas de luar

Assovia a cruviana,
seus cabelos voam soltos
e o vestido de algodão
rasgado gruda na alma,
mostra as suas cicatrizes

Carregando a solidão,
sorri ao estrelado céu
e promete à natureza
se na vida tiver sorte,
ser a mãe dos seus irmãos

A menina nordestina,
pelo o que se predestina,
cumprirá a sua sina
de viver só para o bem
e neste mundo ser feliz

(Foto: Totonho Laprovitera)

[i] (Adaptado de Jean Molière)

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