domingo, 4 de setembro de 2011

Ode ao Amor de Francisco e Clara: Capítulo 5



5.    Atriz

Uma lamparina repleta de gás chamejava fortemente e vangloriava-se de brilhar mais do que o sol. Porém, soprou o Aracati e logo a lamparina se apagou. Então, Francisco a acendeu outra vez, dizendo-lhe: “Alumia, ó lamparina, e te cala, pois a luz das estrelas jamais se apaga.”[i]

Todo dia me dou conta,
quando pego a meditar:
Como é boa a vida simples
e o sentido de sonhar

Quem na vida já amou
entende o que eu digo agora
O saber do benquerer
é estar sempre apaixonado

No olhar da poesia
o silêncio é expressão
da palavra que ilumina
e embala esta canção

No tablado a pintura
do universo da atriz
faz da bela criatura
estrela de seu país

Que num mundo sem porteiras
siga forte a sua sina,
corra terras estrangeiras...
Viva a arte da menina!

Ode ao Amor de Francisco e Clara: Totonho Laprovitera conta, Amaro Penna canta.
(Foto: Totonho Laprovitera)


[i] (Adaptado de Esopo)

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