A enronha aconteceu no subsolo da
garagem de um prédio, no distinto bairro Aldeota. Era tardinha de domingo,
quando Cadim Paçoca resolveu encarar uma arenga com Haroldão Mão de Pilão, com
quem sustenta uma velha rixa. Ora, o arrochado Paçoca foi até a camioneta do
Pilão, gesticulou como se dissesse “tá com medo?” e, ao ver o seu desafeto
baixar o vidro e lhe descompor, meteu o pé na carreira em direção ao elevador.
Para seu espanto, o elevador já não mais estava à sua disposição. Mão de Pilão
chegou e, sem sequer aberturá-lo, meteu-lhe um bofete! Paçoca reagiu e, num lépido
passe de fazer inveja ao professor de balé Hugo Bianchi, revidou com um soco.
Engalfinharam-se! Naquele momento já não se sabia quem era quem, mas, para o
infortúnio de Paçoca, quando os corpos rolaram, Haroldão Mão de Pilão ficou por
cima e tome pilãozadas! Fartada a fúria, Mão de Pilão deixou o nocauteado Paçoca
desmaiado ao solo. Pegou a sua camioneta e, cantando pneu, capou o gato!
Ensanguentado, Cadim foi socorrido por
familiares e condôminos, sendo encaminhado à emergência de um pronto-socorro
próximo. Pegou vários pontos no supercílio, fez exame no olho avariado e nos
ossos quase que quebrados. Escapou de um fatídico desfecho.
No dia seguinte, não contou pipocas, dirigiu-se
à um distrito policial, formalizou um BO (há quem diga ser Boletim de Otário) e
foi até o DETRAN para identificar a camioneta do seu agressor. Quando informou
o número da placa do veículo, o servidor que o atendia, mirando-o de cabo à
rabo, perguntou-lhe:
- Senhor, onde
deu-se o atropelamento?
(Foto: Google)
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