Lúcio Flávio Vilar Lírio 1944-1975) faz parte da lista de bandidos famosos do Brasil. Pouco antes de morrer, contou sua vida para o repórter Jorge Oliveira e, a partir desse relato, José Louzeiro escreveu o livro Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia, publicado em 1976, do qual nasceu o filme homônimo de Hector Babenco, de 1977.
“Polícia é polícia, bandido é bandido. Não devem se misturar, igual água e azeite.” A frase é de Lúcio Flávio, que apavorou o Rio de Janeiro durante os anos 1970.
De família de classe média alta (o pai Oswaldo, funcionário público, trabalhou como cabo eleitoral de Juscelino Kubitschek), ainda adolescente iniciou a “carreira”. Fez-se líder de uma quadrilha de roubo a banco, carros e lotéricas. Mas, ficou famoso foi pelas espetaculares fugas, inclusive de presídios de segurança máxima. Pouco antes de morrer, em 1975, aos 31 anos, denunciou policiais que participavam de grupos de extermínio, ajudando a desmantelá-los. Com QI 131, acima da média, Lúcio Flávio virou bandido em 1968, depois de ver atravancada sua candidatura a vereador em Vitória, Espírito Santo, pelo golpe militar.
Aos 30 anos, colecionava 32 fugas, 73 processos e 530 inquéritos por roubo, assaltos e estelionato. Dizia que seus vários crimes foram causados pela raiva à polícia e à ditadura militar, depois que policiais do DOPS invadiram uma festa de casamento de sua família, na época de sua adolescência, espancando e humilhando seus pais. Cometeu vários roubos à banco e assaltos, foi preso e passou a maior parte de sua mocidade no presídio de Dois Rios, na Ilha Grande, hoje desativado. Foi assassinado por um companheiro de cela em 1975.
Lúcio Flávio, o bandido, foi bem mais que um marginal de sucesso. "Ele podia pintar quadros e lia Fernando Pessoa na prisão... Ele era um assassino frio e extremamente violento", conta o escritor José Louzeiro, com o conhecimento de quem entrevistou Lúcio Flávio diversas vezes nos presídios do Rio.
História: Em 1969, foi desbaratada uma nova quadrilha de ladrões de carro, no Rio de Janeiro, sendo Lúcio Flávio identificado como membro. Não apenas como simples integrante, mas como figura principal, posição que ocupou após o assassinato do líder da quadrilha Marcos Aquino Vilar, crime do qual Lúcio era o principal suspeito. Foi nesse homicídio que pela primeira vez apareceu ao lado do corpo o desenho da caveira, que mais tarde foi identificado como o símbolo do Esquadrão da Morte. É dessa época que vêm as ligações de Lúcio Flávio com um dos policiais acusados de pertencer ao Esquadrão da Morte, Mariel Mariscot de Matos. O Esquadrão da Morte foi uma organização surgida no final dos anos 1960 que eliminava supostos bandidos comuns (não os chamados subversivos).
Enviado pelo Anastácio Rosas, de Ipaumirim, Ceará.
(Foto: Google)
Esse cara tem uma historia fantastica, junto com o bizarro esquadrão da morte no Rio de 70.
ResponderExcluirtenho o livro..é incivel
Excluir