O Museu do Mar, em Fortaleza, foi o primeiro projeto público do arquiteto Oscar Niemeyer criado para o Ceará. Idealizado em 2003, sua implantação é prevista para a praia de Iracema, em frente ao aterro, com acesso por meio de passarela inclinada.
Sabe-se que o museu, na época em que o local ainda estava indefinido, seria destinado à história do homem nordestino. Porém, sobrevoando a cidade em busca de terreno para sua implantação, José Carlos Süssekind, da equipe de Niemeyer, visualizou a edificação sobre o limite do aterro da praia de Iracema, onde, mostrar passagens de seca não seria adequado ao local. Daí, o projeto museológico migrou para a relação entre o cearense e o mar.
De forma parecida com o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, especialmente pelo partido estrutural de apoio central, o prédio no Ceará tem planta octogonal. O raio é de 65 metros, as vedações são envidraçadas e o edifício projeta-se 20 metros acima da linha da água.
Existe, no entanto, entraves jurídicos para a implantação do já apelidado Diamante de Niemeyer. A área encontra-se sub judice, com uma ação civil cobrando a apuração dos impactos ambientais acarretados pela realização do aterro.
Certamente, os cearenses ficariam felizes se o Museu do Mar fosse realizado nos bravios verdes mares dos fabulosos jangadeiros Manoel Jacaré, Mestre Jerônimo, Tatá e Mané Preto.
(Fotos: Google)
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