Que belíssimo texto, este, do amigo Alex Figueiredo.
Seu Chico.
"Todo dia é dia de Chico
Todos os dias, sem exceção, eu me lembro dessa figura risonha. Fazendo a barba, enlaçando a gravata para vestir o paletó ou mesmo dobrando a manga da camisa, depois de tirá-lo. Uma das coisas mais banais, dar o nó na gravata, foi ele que me ensinou. Aquele nó duplo inglês que pouca gente usa nos dias atuais. Um dia, eu reclamei que era um nó trabalhoso. Ele disse que era para lembrar que a vida é que é trabalhosa. Insistiu para que eu sempre desfizesse o nó para guardá-la e o refizesse, sempre que fosse usá-la. Ainda mais, explicou, muitas vezes, você vai precisar pô-la no bolso e fica ruim com um nó. Situação mais típica é quando vai para o bar e precisa ficar mais informal e à vontade.
São lembranças indeléveis. Marcos da vida.
Mas, lembro mais ainda, quando preciso tomar decisões que fazem diferença. Aquelas que podem afetar até a vida de terceiros. Pergunto-me. O que ele faria? Ou, o que ele diria para eu fazer?
Então, amigos, para mim, todo dia é dia de Chico Figueiredo. Com ou sem gravata. Atando ou desatando qualquer nó.
Hoje, 13 de julho, também é dia de Chico. O dia todo!
A gravata vai para o bolso!"
(Foto: Acervo Alex Figueiredo)
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