sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O telegrama


Antigamente, quando viajavam, comumente, as pessoas se comunicavam por telefone ou telegrama.


Pois bem, uma jovem da sociedade alencarina ia casar e estava de viagem marcada com o noivo para a lua-de-mel, no Sul do país. Ocorre que, aflita, a virgem receava pelo dorido procedimento de desfloração, pois já havia tocado nas partes do esquálido e avantajado nubente. A dedicada mãe, então, do alto da sua experiência, ditou para a filha todos os pormenores dos eficazes artifícios para a prima cópula indolor.

Ditados e entendidos os encaminhamentos, a mãe falou para a sua mimosa gema preciosa:

Filhinha, fique tranquila que vai dar tudo certo. Mas, faça o obséquio de me comunicar quando acontecer o... O ocorrido...
Pode deixar, mãezinha, que eu lhe telefonarei.
- Não, filhinha, passe um telegrama que é mais barato...
- Tá bem, mãezinha, mas, o que é que eu digo?
Não precisa encompridar conversa, não. Seja breve. Quando acontecer, mande a seguinte mensagem: Consumatum est.

Passado o casório, alguns dias depois do passeio, chegou o esperado telegrama via Western, contando a boa nova:

“MAEZINHA VG
CONSUMADO ESTE E OESTE
PT”.

História adaptada, de uma contada pela minha amiga Claudia Brasil.

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