Derradeiro dos oito filhos dos alagoanos Salvino da Costa Maia e Maria da Conceição Mesquita Maia, Salvino Petrúcio Maia (1947-1994) foi o único nascido no Ceará.
Petrúcio teve as primeiras lições de piano em casa, com as irmãs, estudando o instrumento com o mesmo constância com que se dedicava às leituras escolares.
Tornou-se um dos principais astros do cenário musical formado no Ceará nos anos 1960 e 1970, surgido a partir dos espaços universitários, teatros, bares e da TV Ceará - Canal 2.
Descobrindo-se compositor em meio a toda efervescência cultural e inquietude criativa, Petrúcio compôs canções com diversos colegas de geração, dentre eles, Antônio José Brandão (Acorda e sorri, Pé de sonhos e Estrada de Santana), Fausto Nilo (Dorothy L´amour e Frenesi, esta com Francisco Casaverde), Augusto Pontes (Lupiscínica), Climério (Conflito), Clôdo (Cebola cortada) e Capinan (Passarás, passarás, passarás). Canções que se espalharam pelo Brasil na voz de intérpretes como Ednardo e Raimundo Fagner.
Sua obra inclui ainda canções com letra e música do próprio Petrúcio, como Risada do diabo, Sertão azul e Batuquê de praia, registrada em compacto nas vozes de Fagner e Zico.
Mesmo com toda essa produção, Petrúcio deixou poucos discos solo. Gravou os álbuns “Melhor que mato verde”, de 1980, e “Cantos do Planeta”, lançado postumamente em 1996, registrando as parcerias do cearense com a esposa, a cantora e compositora mineira Bigha Maia.
Petrúcio faleceu em Fortaleza, em 6 de maio de 1994.
(Foto: Acervo Nelson Augusto)
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