terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Sem paciência


Hoje cedo, no corredor da repartição, escutei de um colega:

- Ô bicho interesseiro é banco! Quando tá bamburrado, o besta do cidadão é chamado pelo gente-boa do gerente de “meu rei” e etc. E é tratado na base do tapete vermelho, cafezinho, água gelada... Quando tá liso, meu patrão, aí, é na base da rabissaca, senha, chá de cadeira e ligação muita, o dia inteiro, daquele povo da voz enrolada ameaçando o cristão de botar seu nome no SPC, SERASA e coisa e tal!

Aí, um outro, emendou:

- E os cartões?!
- Vixe! Aí é que a coisa pega!
- Pois é! Hoje em dia não se pode mais nem atrasar uns quinze diazinhos, que eles já vem com sete pedras nas mãos, na maior ignorância do mundo, pra forçar a gente a pagar com o que não tem!
- Ô povo desalmado!
- E sem paciência! E sem paciência! Completou um terceiro que ia passando e se intrometeu na conversa.

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