Mentalmente limitado, Nonato era um adotado dos servidores da saudosa SUOP (Superintendência de Urbanismo e Obras Públicas), da Prefeitura de Fortaleza.
Pois bem, lá pelo final dos anos 1970, quando a repartição situava-se em uma casa na Avenida Beira Mar, onde hoje funciona o bar Boteco Praia, o bom Nonato fazia pequenos serviços, além de pastorar e lavar carros. Certa vez, à respeito do ingênuo serviçal, assim palestrou Cecílio com Jussier:
- Rapaz, o Nonato não tem preguiça, né?
- É, pelo visto, não tem, não...
- Olha só, ele pra cima e pra baixo, carregando baldes e mais baldes de água pra lavar os carros...
- E cada balde deve pesar é muito.
- Ora, se pesa...
- E vai ver que ele vai buscar é longe...
- Nonato! Chamou um deles.
E o Nonato se aproximou.
- Nonato, macho, tu não se cansa de trazer esses baldes cheios d´água, de tão longe?
- Canso não. Eu pego a água aqui, bem pertim...
- E, de onde você pega?
- Do mar...
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