Em 1967, em Fortaleza, foi inaugurado o sistema de transporte público com ônibus elétricos que inteirava o percurso da Praça do Carmo até a Parangaba.
Ora, a novidade era boa demais pra mim, pois, do nosso sítio Guajiru - onde costumávamos passar as férias - ao ponto daqueles ônibus, era só seguir a pé pela Estrada da Serrinha, passar pelo colégio dos padres, pela fábrica de gesso, atravessar o trilho do trem, direto até ao outro lado da Igreja Matriz da Parangaba e chegar à Praça Coronel Alfredo Weyne, onde os coletivos estacionavam.
De quebra, naquele ano, ainda foi lançado o chiclete Ploc, propagado como melhor do que o Ping Pong, o preferido pelos tradicionais consumidores da velha goma de mascar.
Pois bem, em uma das programações de nossas férias, eu, meu irmão Gera e meu primo Miguel, pegamos um ônibus elétrico, nos largamos da Parangaba e fomos bater em uma banca da Praça do Carmo, onde compramos foi logo uma caixa inteira do novo chicle de bola, contendo 120 unidades de sabor tutti-frutti. Em pouco tempo, compulsivamente, mascamos a caixa toda, ao ponto de ficarmos de queixo doído.
Agora, sobre a Igreja Matriz de Parangaba, Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, bem, lembro das concorridas missas celebradas por um padre que era a cara do cantor Agnaldo Timóteo. Talvez por isso, ele fazia o maior sucesso da paróquia com as fervorosas beatas de plantão, logo apelidadas de devotas de auditório.
(Fotos: Google)
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