Mal havia chegado do interior, Lorrane já era a sensação da rua. Ainda menor de idade, havia vindo para uma casa de família, em Fortaleza, para trabalhar de dia e estudar à noite.
Não tardou de Lorrane fazer amizades. “Seu” Francisco, o patrão, preocupado com o comportamento da moça, advertiu-a:
- Lorrane, minha filha, você é inocente...
- Cuma?
- Ingênua... Quer dizer, bobinha...
- Eu?
- Sim. Olha aqui, na cidade grande as coisas são diferentes.
- E é?
- São, sim. Estou lhe falando isso porque estou vendo que você está saindo com amigas que mal conhece.
- Marromeno...
- Vai ver que você já está indo para alguma festa.
- Tô, sim.
- Vai ver que você já está até namorando...
- Ah, bom, “seu” Francisco!
- “Ah, bom” o que?
- “Seu” Francisco, eu inté já fudo!
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