Vestida com uma apapagaiada blusa customizada e uma colorida calça legging fusô queimando arroz, toda de flozô, a moça parecia estar ariada e aperreada do quengo.
Escondendo o olhar por traz dos espalhafatosos óculos de lentes espelhadas azuis, ao arrodear para furar a fila do ônibus, no Terminal do Papicu, ela levou um cagaço do tamanho dum bonde, seguido de uma debochada vaia. Aí, fumando numa quenga, capou o gato com o rabo entre as pernas.
Avexada, a moça deixou cair no chão uma caderneta que me fez deduzir que ela seria uma devota cantora ou carola locutora, pois assim estava escrito na capa: “Senhor, meu Deus, eu confio em Voz.”
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